quarta-feira, 7 de agosto de 2013


07 de agosto de 2013 | N° 17515
PAULO SANT’ANA

Balas zunindo!

O dia de ontem foi de tiroteios e enfrentamento entre polícia e infratores.

No bairro Humaitá, um vigilante, furioso com sua mulher, tentou sequestrar seus vários filhos, conseguindo só aprisionar um enteado, que manteve em cárcere privado por mais de oito horas, negociando com a polícia.

Estava armado o vigilante e ameaçava o sequestrado, felizmente a polícia mediou um feliz desfecho.

Quatro homens renderam um casal no bairro Jardim Algarve, em Alvorada, ainda ontem, pela tarde.

Um dos criminosos acertou um tiro no rosto de Alvelino Biasis, que restou em estado gravíssimo no hospital.

Houve tiroteios no bairro Santana e em outros locais da Capital.

Já em Santo Antônio das Missões, três homens assaltaram pela manhã uma agência bancária, davam tiros a esmo pela cidade, até que a polícia perseguiu-os por uma estrada, sendo capturados e a quantia roubada do banco foi resgatada pela polícia, que teve só um policial ferido à bala, mas sem gravidade.

Com tudo isso, como se explicam os defensores do Estatuto do Desarmamento?

Quando vieram com essa balela, escrevi várias vezes que iam acabar os cidadãos de bem desarmados e ainda mais armados até os dentes os bandidos.

O certo seria que todo mundo se desarmasse mas com a garantia de que as ruas seriam tranquilas. Nada disso, os desarmados enfrentam fuzilarias.

Uma vergonha. E o Estatuto do Desarmamento se constituiu por isso numa trapaça.

Não era difícil prever que o estatuto era uma armadilha para os brasileiros que só sonhavam em ter uma arma para reagir em caso de agressão ou ameaça.

Num bairro de Porto Alegre onde há tiroteios quase todos os dias, a imprensa ouviu uma senhora, mãe de vários filhos.

O repórter perguntou a ela se se intranquilizava com os tiroteios rotineiros que havia ali por cerca de onde morava.


Resposta da senhora: “Não se preocupe, nós nem ligamos para os tiroteios. Aqui as balas entram por um ouvido e saem pelo outro”.