08
de agosto de 2013 | N° 17516
PAULO
SANT’ANA
A síndrome do espanto
Com
toda essa abrangente onda de oficialização da tendência gay, até mesmo o papa
Francisco se manifestou favorável aos gays, com reconhecimento até da ciência
de que há agora três gêneros imperantes, não só o masculino e o feminino, mas
também o gay, pois ainda assim eu não consigo ganhar coragem para sair
definitivamente do armário.
Zero
Hora noticiou terça que o colunista de ZH Fabrício Carpinejar foi agredido
enquanto trabalhava numa reportagem para a TVCOM. O colunista foi alvo de socos
e pontapés.
Vejo
agora que há realmente uma tendência da imprensa para publicar notícias ruins.
Eu,
por exemplo, há 44 anos recebo carinhos e atenções especiais da população nas
ruas, e nunca se noticiou isso em meu jornal. Será que não gostamos mesmo das
notícias boas?
Publiquei
ontem, neste espaço, um relato de sequestros, assaltos e tiroteios havidos na
data anterior no Estado e na Capital.
Fiquei
pensando em como, com toda essa insegurança que grassa pelas ruas, nunca fui
atacado por agressores e facínoras. E depois pensei melhor: é que fiz um
contrato de segurança privada com outra quadrilha, que me protege por toda
parte onde ando.
Eis
a quadrilha que me ampara sempre: o Pai, o Filho, o Espírito Santo e a Virgem
Santíssima. Essa quadrilha me blindou contra todas as outras quadrilhas.
A
quadrilha da fé. Eu estava contando ao meu amigo Moisés Mendes que um outro
amigo meu se havia doente, alvo da síndrome de Miller Fisher.
Foi
quando o Moisés me perguntou o que origina essa síndrome que ataca seriamente o
meu outro amigo. Esse Moisés tem cada uma! Pois, se é síndrome, não tem origem.
Sempre que a medicina não sabe a origem de uma doença, ela diz que é uma síndrome.
Quando
surge a palavra síndrome no diagnóstico de um doente, podem crer que é encrenca
séria.
O
Moisés tinha de saber que síndrome quer dizer exatamente isto: estado mórbido
caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas que podem ser produzidos por
mais de uma causa.
E
vem o Moisés querer que eu afirme exatamente qual é a causa da síndrome que
atacou meu outro amigo.
Ora,
vá plantar batatas!