09
de julho de 2014 | N° 17854
PAULO
SANT’ANA
Maior vexame da
História!
Omundo
presenciou ontem o maior fiasco da Seleção Brasileira em todos os tempos.
Foi
um sepultamento terrível para a carreira de treinador de Felipão.
É
tão mais escandalosa a derrota brasileira por goleada quando a gente vê que
esse fiasco memorável se deu aqui no Brasil.
Uma
derrota acachapante.
Uma
derrota vergonhosa.
O
primeiro tempo foi uma lição exemplar da Alemanha, que desfilava e tabelava
como bem queria junto à defesa brasileira.
O
primeiro tempo foi um baile.
Disputar
um terceiro lugar numa Copa jogada em sua casa é uma humilhação para o Brasil.
Por
essa, ninguém esperava. Nem eu, que seco a Seleção Brasileira.
Eu
não sou como os outros jornalistas esportivos que secam seus colegas.
Por
isso, vou elogiar hoje meus dois colegas: Ruy Ostermann e Wianey Carlet
arriscaram suas peles antes do jogo, no microfone da Rádio Gaúcha, quando
discordaram corajosamente da escalação de Bernard para substituir Neymar.
Tiveram cabelo no peito.
Parabéns
por esse rotundo acerto.
A
maior piada que ouvi, entre tantas outras, nesta Copa: “O Brasil jogou esta
Copa com dois super-heróis: o Hulk e o Homem Invisível (Fred)”.
Não
considero que a goleada sofrida pelo Brasil tenha manchado a organização desta
Copa, que foi exemplar, menos no time que escolhemos – por sinal, entre os 23
jogadores brasileiros convocados, só existia um gaúcho, Maicon.
Um
gaúcho uma ova, o treinador era gaúcho! Bah, que vergonha!
Escrevi
20 dias atrás que a Holanda era a favorita para ser campeã. Claro que esse meu
vaticínio contava que eu não levava fé no Brasil.
Mas
minha Holanda continua cheia de vida.
Nunca
houve, em 20 Copas, numa fase semifinal, desde 1930, uma goleada do tamanho da
que o Brasil sofreu ontem.
Isso
é escore de pelada em vila. E olhe lá.