quinta-feira, 7 de maio de 2020



07 DE MAIO DE 2020

INFRAESTRUTURA


Obras que a Capital não viu


Com a redução do tráfego da cidade, algumas atividades chegaram a ter melhor andamento durante o distanciamento social.

Enquanto o porto-alegrense se manteve em casa por causa do distanciamento social, as obras públicas andaram. Consideradas essenciais desde os primeiros decretos municipais, nenhuma das que já estavam em curso foram paralisadas durante a pandemia da covid-19. Algumas, inclusive, tiveram melhor andamento desde meados de março, graças ao alívio no tráfego da cidade.

- Teve impacto, sem dúvida, nas obras de pavimentação estrutural. Na (avenida) Nilo Peçanha, por exemplo, conseguimos praticamente concluir a obra. Na (avenida) Ipiranga, com o fluxo menor, também é possível manter o trânsito em meia pista - exemplifica o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Marcelo Gazen.

Na Avenida Ipiranga, conforme a EPTC, o trânsito caiu 35% no mês de abril. Em média, a circulação caiu 38% nas vias da Capital desde 18 de março. Atualmente, equipes trabalham no trecho de 780 metros das 7h às 19h. Porto Alegre realiza ainda obras de pavimentação em grandes vias como a Protásio Alves, a Bento Gonçalves e a Antonio de Carvalho. O menor fluxo também permitiu maior tranquilidade nos desvios necessários para concluir mais uma das obras atrasadas da Copa de 2014, a trincheira da Avenida Cristóvão Colombo.

Prioridades

Como podem haver problemas de arrecadação e mais gastos no horizonte com a pandemia, foram privilegiadas obras cujo investimento já está "carimbado". Ou seja, que já tinham destino certo graças a programas de financiamento de órgãos como o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) ou mesmo do governo federal, como as obras pluviais do Avançar Cidades, programa do Ministério de Desenvolvimento Regional.

A covid-19, todavia, relegou às gavetas alguns projetos que a prefeitura pretendia ao menos licitar até o final da gestão Nelson Marchezan, como a concessão do Mercado Público, do Cine Capitólio e o trecho com roda gigante na Orla. Segundo a prefeitura, seria complicado atrair investidores e realizar estudos de visibilidade em um momento de recessão global.

CAUE FONSECA

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