
Saudade
Vou
esperar mais um pouco,
tenho
a paciência dos tempos,
das
antigas e velhas cantigas.
Vou
deixar risonho teu pranto,
teu
olhar em acalanto.
Sob a jura que a
lua oferece,
sob a chuva que o
coração enternece,
sem teu corpo
pra me acalmar.
Vou esperar, fartar
a terra,
eclodir sem ter
guerra...
Esculpir teu rosto n'uma árvore,
mais tarde eu vou passar,
vou teimar viver cada ramo
que essa saudade lembrar.