quarta-feira, 9 de junho de 2021


08 DE JUNHO DE 2021
INFORME ESPECIAL

Bachbaridade, tchê

O presidente, Gilberto Schwartzmann, é gaúcho. O diretor artístico, Fernando Cordella, também. A arte que os inspira tem mais de 330 anos. A Sociedade Bach do Brasil é o braço de uma instituição presente no mundo inteiro e que tem como missão unir um círculo de amigos e de entusiastas da música do compositor alemão, que nasceu em 1685.

Johann Sebastian Bach é considerado por muitos como o "pai da música". Um dos compositores mais completos de todos os tempos, influencia até hoje gerações de artistas, não apenas eruditos, mas de gêneros que passam pelo rock e até mesmo pelo funk. Hoje, o Theatro São Pedro receberá os sócios e apoiadores da Bach Society para um concerto fechado, mas que será gravado e exibido posteriormente, mais perto da data do aniversário do teatro. Essa é uma das vantagens de fazer parte do seleto grupo de apoiadores da causa, que tem cerca de 50 integrantes no país. É justamente para ampliar essa base que uma nova categoria foi criada, com contribuições mensais de R$ 250.

- Se apresentarmos uma obra de Bach por mês, ainda teremos material para mais 42 anos - explica Cordella, um dos maiores cravistas do Brasil, mas que apresenta sua arte mundo afora.

O cravo é o instrumento que marca as composições de Bach. Mais informações: www.bachbrasil.com

Uma transformação silenciosa no governo Leite

Um dos principais desafios dos governos, especialmente quando são loteados entre partidos diferentes, é o da unidade. Nesse sentido, Eduardo Leite acerta em um ponto de extrema relevância, mas pouco visível. A Procuradoria-Geral do Estado vem implementando uma nova gestão jurídica da máquina pública. Uma das suas principais características é o modelo setorial, com a presença de procuradores específicos em cada uma das secretarias e órgãos de maior importância. Dessa forma, os vários braços da administração estão sempre apoiados em orientações jurídicas prévias e baseadas em entendimentos uniformes do sistema de advocacia do Estado, o que dá mais segurança e eficácia às iniciativas, sejam elas licitações ou processos administrativos internos. O Estado, hoje, é parte em cerca de um milhão de ações que tramitam na Justiça. Para acompanhar e atuar em todas essas frente, a PGE conta com 1,6 mil colaboradores.

À frente dessa máquina, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, se define como um servidor técnico. Já ocupou cargos em governos de orientações políticas diferentes - de Yeda Crusius a Tarso Genro. Costa é presença constante em Brasília, onde tem trânsito junto aos gabinetes de ministros das cortes superiores.

Uma outra inovação implementada pela PGE é o esforço para realizar acordos judiciais antes que as questões se transformem em litígios, que subam para Brasília. Isso acontece quando há um claro entendimento de que o Estado irá, de qualquer forma, ser condenado. A quebra da antiga, cara e ineficaz regra de que o poder público tem de recorrer até o fim, mesmo quando sabe que irá perder lá na frente, requer extremo cuidado legal e ético, mas vem dando certo em questões pontuais e juridicamente bem embasadas.

Digitalizar para ganhar eficiência é outro ponto que vem merecendo investimento. O processo eletrônico foi adotado para a tramitação de questões disciplinares internas, desburocratizando e acelerando a análise de denúncias contra servidores do governo estadual. Todas essas ações explicam o prestígio de Eduardo Cunha da Costa junto ao governador Eduardo Leite. São ações silenciosas, mas que vem ajudando a reformar e modernizar a máquina pública.

TULIO MILMAN

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