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NA PONTA DO LÁPIS
Gostaria de escrever histórias.
Inventar personagens,
situações,
lugares distantes,
além das fronteiras do crível.
Prosa ou poesia fantástica,
tramas mirabolantes.
Mas não sou capaz!
Tenho os pés no chão,
apesar de, vez por outra,
permitir-me voar
Neste vôo solo,
ouso desnudar-me
sem pudores,
nem disfarce de cores.
Mas sempre estarei lá:
na ponta do lápis.
Rogoldoni
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