07 DE MAIO DE 2020
CRISE EM BRASÍLIA
Discurso dos governadores perdeu força, diz Mandetta
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta concedeu entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã de ontem. Mandetta, que deixou o cargo em 16 de abril por divergências com Jair Bolsonaro na condução das ações do governo para o combate à pandemia de coronavírus, preferiu não criticar as decisões do presidente.
- Não cabe a mim julgar se decisão do presidente é certa ou errada - disse. - É uma prerrogativa do presidente da República nomear e substituir, trocar os seus ministros quando ele entende que os ministros não estão correspondendo àquelas políticas que ele crê serem as mais corretas para as diversas pastas - afirmou.
- Não tem cabimento dizer que o Ministério da Saúde era oposição ao presidente - acrescentou.
Mandetta lembrou como foi a conversa final com o presidente, no dia da exoneração.
- Uma conversa amigável, o presidente colocou que ele gostava muito da minha pessoa mas que ele teria de fazer substituições - contou.
De acordo com o ex-ministro, a saída ocorreu por causa de um descompasso com as ideias e as prioridades do presidente, as quais Bolsonaro julgou serem "incompatíveis" com a permanência de Mandetta à frente da pasta.
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