Saída para o crédito imobiliário
O gargalo da falta de recursos para financiamentos imobiliários tem algumas saídas. Elas são discutidas há anos, mas a que mais está em voga agora é a redução do depósito compulsório da poupança, o que teria um efeito rápido para destravar os contratos. Pode até ser uma medida temporária. A decisão precisa ser tomada pelo Banco Central.
Hoje, 65% dos recursos depositados na caderneta são, por lei, direcionados ao crédito imobiliário. Esta fatia pode ser elevada se for reduzida a parte de 24,5% que vai para depósito compulsório. O mecanismo é usado para proteger o sistema financeiro, garantindo uma reserva que possa ser usada pelas instituições em caso de emergência, como a crise mundial de crédito em 2008. Pelo seu viés de segurança, há resistência do Banco Central em alterá-lo.
A liberação de mais recursos da poupança injetaria, tranquilamente, bilhões para emprestar para a compra da casa própria. Além disso, é um dos recursos "mais baratos", junto com os do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Aliás, poupança e o FGTS são as principais fontes de recursos para bancar o financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal (CEF), que tem 68% do crédito imobiliário do país, está com contratos travados e reduzirá em novembro a cota dos empréstimos para compra de imóveis. Caderneta e FGTS enfrentam mais saques do que depósitos nos últimos anos, diminuindo o saldo "emprestável". Pela redução da poupança, o Banrisul também suspendeu novos financiamentos de imóveis temporariamente.
Há outras fontes para buscar recursos, mas são mais caras, o que também deixaria o financiamento mais caro ao comprador do imóvel. Uma delas é a Letra de Crédito Imobiliário (LCI). O título até teve regras alteradas recentemente para atrair mais investidores, mas não foi suficiente. Também tem se buscado dinheiro da própria tesouraria dos bancos, mas ele é limitado e de alto custo.
Lembrando que o Ministério do Trabalho prepara o envio ao Congresso de um projeto para acabar com o saque-aniversário do FGTS, o que evitaria a fuga de recursos do fundo usados para políticas habitacionais, mas trata-se de uma medida bem impopular. Aliás, para tomar uma decisão com tamanha rejeição, é até bom este cenário de "problemão" no setor imobiliário, que também mobiliza bastante a opinião pública. _
Gasto com comida
Gasto com alimentação no comércio do Centro superou o pré-enchente, mostra monitoramento que a Green Benefícios fez das despesas dos usuários dos seus cartões em 885 dos 1.020 estabelecimentos, como supermercados, mercearias, restaurantes e lanchonetes. Setembro movimentou R$ 1 milhão, 24,9% acima de abril de 2024. Para se ter uma ideia, maio teve um tombo de 46,1% (com menos da metade das vendas de agora), informa Roberson Silveira, analista de mercado da Green.
Apesar dos avanços, o montante tem ficado abaixo do ano passado em todos os meses. Em setembro, a venda foi 2,9% inferior ao mesmo mês de 2023. _
Anseios do Centro
As dificuldades do centro de Porto Alegre - pioradas com pandemia e inundação - têm sido apontadas pela coluna em todas as entrevistas com os candidatos à prefeitura. Tanto Maria do Rosário (PT) quanto Sebastião Melo (MDB) têm colocado a região como prioridade nas suas promessas. Rosário tem dito que pretende levar mais pessoas para morar na região, usando prédios com baixa ocupação, enquanto Melo está prometendo reduzir o IPTU. _
Novo hotel em prédio clássico de Caxias do Sul
Maior rede gaúcha de hotéis, a Laghetto fará sua estreia em Caxias do Sul com uma operação em um prédio clássico, no qual ficava o Alfred Hotel - o "Alfredinho" -, fundado há 60 anos. A edificação foi comprada em leilão em 2023 pelo empresário Almir Persico, que está revitalizando a estrutura. O investimento não é informado.
A rede vai alugar o prédio e operar o hotel com a bandeira Laghetto Stilo Caxias, com 84 apartamentos. A previsão é inaugurá-lo em dezembro de 2025, tornando-se a 25ª unidade da rede, conta o gerente de Novos Negócios da Laghetto Hotéis, Resorts & Experiências, Luís Paulo Dyundi. O "rooftop" (terraço) terá restaurante com vista para a Igreja São Pelegrino.
As arquitetas Marina Miot e Jessica De Carli fizeram o projeto de revitalização, preservando pastilhas e vidros da fachada envidraçada, criada pela histórica Casa Genta, fundada em Porto Alegre em 1906 e conhecida pelos vitrais religiosos. Inaugurado em 22 de dezembro de 1963, o "Alfredinho" foi um projeto dos irmãos Miguel e Jorge Sehbe, filhos do imigrante libanês Kalil Sehbe (1887-1973). _
Disparada do aluguel
Não para de acelerar a alta nos preços dos imóveis para alugar em Porto Alegre. O Índice FipeZap aponta um salto de 25,5% nos últimos 12 meses. Bairro não alagado em maio, o Rio Branco disparou 55,4%.
Dica para a Mercopar, de Caxias do Sul: bisbilhote o que tem de impressora 3D, equipamento que está permitindo que a indústria faça produtos customizados.
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