É necessário αbrir os olhos e perceber que αs coisαs boαs estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisαm de motivos nem os desejos de rαzão. O importαnte é αproveitαr o momento, pois α vidα estα nos olhos de quem sαbe ver. Tento me lembrαr, de tudo que vivi, o que tem por dentro, ninguém pode roubαr. Pois os diαs ruins, todo mundo tem já jurei prα mim, não desαnimαr, não ter mαis pressα , eu sei que o mundo vαi girar . . .Eu espero α minhα vez.
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
03 de Dezembro de 2024
CARPINEJAR
As flores de Canela
O professor de português e prefeito de Canela, Constantino Orsolin, disse que encontrou a receita para proteger as áreas públicas e praças da depredação: as flores. Encher a cidade de canteiros de flores.
As flores atraem fotos de namorados, e as fotos garantem a preservação. Não são profanados os santuários românticos repostados no Instagram. Todo mundo quer voltar para onde foi amado.
O turismo aumenta e a violência diminui, já que aquilo que esperamos de uma cidade é ordem e simetria.
A fragilidade colorida dos jardins impõe mais autoridade do que grades, cercas e muros. Até as pichações se reduziram.
De acordo com essa percepção, as flores não somente embelezam, mas são a escolta da educação. Bons hábitos florescem a partir delas. Você não se aproxima de qualquer jeito, você cuida por onde pisa, você se torna mais atento e cauteloso.
Com a presença de flores, você pensa duas vezes antes de cavoucar um gramado. Com a presença de flores, você pensa duas vezes antes de manchar uma parede ou machucar uma estátua.
De seu perfume emana a legislação automática da gentileza. Não é necessário proibir. Flores censuram avanços.
Elas também criam uma sensação permanente de fiscalização. Para manter a fachada em dia, existe a ideia de que alguém anda regando, podando, cuidando, olhando por elas para que continuem vivazes e exuberantes.
Passam a ser sinônimo de proteção, provando que o lugar não é abandonado, não é terra de ninguém.
Flores são olhos espalhados, cumprem o papel de câmeras naturais.
Por sua vez, jardineiros são policiais à paisana, guardiões das miniaturas das florestas na cartografia do município.
Talvez por isso que meu livro predileto na infância tenha sido O Menino do Dedo Verde, do francês Maurice Druon, mais do que O Pequeno Príncipe. Na narrativa, o menino Tistu possui o superpoder, a partir de suas impressões digitais, de germinar árvores por onde anda. A obra pós-Segunda Guerra Mundial tinha o propósito de desabilitar canhões com a semeadura.
Talvez por isso seja apaixonado pelo trabalho de paisagismo tropical de Roberto Burle Marx. Ele dizia que conversar com as plantas ajudava o seu crescimento, mas que não custava nada, por precaução, colocar titica de galinha como adubo. Vá que as plantas não escutassem bem.
O entendimento urbano de que as flores não são enfeites tem muito a nos ensinar sobre a vida.
Pois é a sensibilidade que nos protege. Não o escudo, não a couraça, não a frieza, não a indiferença.
Expor pontualmente como nos sentimos, como desejamos ser tratados, é conhecer os próprios limites e respeitá-los.
Chorar, ou nos emocionar, defende-nos como as flores. É a franqueza sábia da fraqueza.
Não se ataca uma pessoa chorando. Não se invade a alma daquele que está em prantos.
Lágrimas são nossas pétalas, e funcionam melhor do que espinhos.
Que as flores nos emprestem seu delicado brilho. _
03 de Dezembro de 2024
DIRETO DA REDAÇÃO - Léo Saballa
As leis e os exemplos
Tem uma lei lá em casa que diz o seguinte: criança não pode acessar redes sociais. Apesar de ter uma mãe que trabalha diretamente com as redes, a Malu sabe que, aos nove anos, esse acesso é proibido. Aliás, atualmente, nem o celular ela pode pegar. Suspendemos o uso após notarmos alguns problemas no comportamento. Servia, basicamente, para jogar e conversar com as colegas. Agora, nem isso.
É um baita desafio para a nossa geração de pais encontrar o equilíbrio para educar e inserir os filhos no mundo digital. Não temos parâmetros. Mas estou cada vez mais convencido de que nosso papel é regular com mão firme.
Na Austrália, foi aprovada uma lei que proíbe crianças e adolescentes de acessarem redes sociais. Menores de 16 anos não podem ter contas nos aplicativos. Ainda não está valendo, tem um ano para entrar em vigor, mas já está servindo para que a gente reflita mais sobre isso.
Depois de ouvir alguns especialistas, acho que os australianos estão no caminho certo. Talvez você esteja pensando que é fácil burlar essas medidas e, por isso, as iniciativas são inócuas. Discordo. Seriam importantes para reforçar o caráter pedagógico.
Precisamos nos preocupar com o ambiente digital dos nossos filhos. Se para nós, adultos, a toxicidade às vezes é elevada, imagine para eles. Conversando com a pediatra Lucia Diehl, fiquei assustado:
- Sou pediatra há 40 anos, nunca vi na minha vida tanta criança tomando antidepressivo para ansiedade e depressão - desabafou Lucia.
O psiquiatra da infância Thiago Pianca endossa o argumento de que devemos ser mais rigorosos nesse controle:
- Quando a gente vê essas crianças usando 10 horas por dia o celular, isso é um sintoma de um ambiente familiar que não está bem, que tem uma dificuldade desses pais exercerem uma autoridade competente.
Além da autoridade, cada vez mais percebo a importância do exemplo. De nada adianta exigir que se afastem do celular enquanto eu não desgrudo da tela. Ou levar a filha para a pracinha e ficar de cabeça baixa só rolando tela e digitando. De todas as leis, estou certo de que a mais importante é a lei do exemplo.
EDIFÍCIO NA CAPITAL
Vazamento de gás causou incidente no bairro Rubem Berta, em janeiro. Um homem morreu e oito pessoas ficaram feridas. Após reconstrução de torre, local voltou a ser ocupado no sábado. Durante o período fora, os moradores ficaram em lares obtidos por meio da Defensoria Pública
No período, a torre precisou ser reconstruída, enquanto as famílias residiam em lares obtidos por meio da Defensoria Pública do Estado (DPE).
A obra foi finalizada em 8 de novembro, porém, antes do retorno, era necessária a vistoria dos apartamentos e das áreas de uso comum. A etapa foi concluída pelos bombeiros na segunda-feira.
Ana Paula da Silva Machado, 29 anos, e Charles Alexandre Hoberrek Junior, 31, moravam em Alvorada antes de adquirir um apartamento no condomínio. Eles estavam para se mudar para o prédio no dia em que houve a explosão.
- Cogitamos até desistir do apartamento. Agora, o sentimento é de felicidade, pois nem esperávamos voltar. É emocionante, porque eu queria muito comprar o apartamento. Voltar para cá agora nos emociona mesmo - contou Ana Paula.
Já para Charles, a lamentação pelos 11 meses dá lugar ao alívio e ao sonho de ter a casa própria. Agora, ele e a companheira darão um outro passo no apartamento: a colocação dos pisos. Depois, poderão pensar com mais calma.
A gente corre atrás para ter o nosso lar e quando consegue vem uma tragédia. Agora podemos viver o sonho da casa própria e a vida a dois - disse.
Alexandra Baccim, 29 anos, define o retorno como um misto de alegria e tristeza. Ela estava dormindo com o marido no momento em que houve a explosão no andar inferior. Na ocasião, só deu tempo de sair às pressas:
- Estou feliz de voltar, mas ainda temos a lembrança do que aconteceu. Agora é pensar em organizar tudo novamente, depois de uma espera extremamente complicada.
A causa
O laudo aponta que um botão do cooktop estava em posição aberta, deixando escapar gás. A explosão foi no apartamento 303 da torre 10, onde residia Tiago Lemos, 38 anos, que morreu quatro dias depois, com queimaduras em 90% do corpo e falência múltipla de órgãos. Não foram encontrados vazamentos no kit de instalação do gás, que é central e abrange todos os apartamentos da torre. A falha, conforme o IGP, foi deixar aberta uma boca do fogão. _
03 de Dezembro de 2024
GPS DA ECONOMIA - Marta Sfredo
Dólar bate terceiro recorde sucessivo
No terceiro recorde seguido, o dólar fechou ontem em R$ 6,069, resultado de alta de 1,13%. No dia, houve pressões internas - ainda a preocupação com a insuficiência do pacote de corte de gastos - e externas. A boa notícia é que os juros futuros, que haviam decolado na semana passada, deram uma trégua. Ao menos por enquanto, a hipótese de aumento de um ponto percentual no juro básico ainda não é dominante.
A má é que o 0,75 ponto percentual que havia surgido como compensação agora virou consenso para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no dia 11. Até quem considerava uma demasia já jogou a toalha:
- Dada a piora contínua das projeções e observando a curva de juros, acreditamos que a alta será maior na próxima reunião do Copom, com perspectiva de alta de 75 pontos base, fazendo a Selic fechar 2024 em 12% - afirmou o economista André Perfeito.
É a mesma avaliação de Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, que considera 0,75 p.p. o novo consenso informal.
No capítulo das pressões externas, o que fez o dólar subir frente a várias outras moedas foi a ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifa de 100% a países que ameacem a hegemonia da moeda americana no comércio internacional (leia mais abaixo à esquerda).
Com esse conjunto de pressões, o dólar por pouco já não quebrou uma nova barreira, embora menos relevante. A máxima de ontem foi de R$ 6,091, encostando nos R$ 6,10. Ao longo do dia, foi moderando a alta, com ajuda de declarações do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Assim como na ultima sexta-feira, voltou a afirmar que não estão configuradas as circunstâncias para intervenção no câmbio:
- É uma discussão que às vezes vai surgir, de que o país tem US$ 370 bilhões de reservas, por que não segura (o câmbio) no peito? Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona.
O atual diretor de Política Monetária lembrou, porém, que o Brasil usa o câmbio flutuante exatamente para enfrentar momentos de volatidade internacional, além de reservas robustas:
- São mecanismos de defesa bastante relevantes para a gente poder passar por momentos como esse. _
ecos de sábado
Em pleno sábado à tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o ministro da Defesa e com os comandantes das Forças Armadas. O que se soube do encontro é que a cúpula militar quer que as mudanças previstas no pacote de gastos sejam ainda mais graduais do que o planejado. Uma das críticas de especialistas em contas públicas às medidas é exatamente a de que são graduais demais. A economia prevista é de R$ 2 bilhões.
Trump ameaça taxar em 100% Brasil e outros países do Brics
Quem ainda esperava moderação de Donald Trump pode abandonar a aba do boné Maga (Make America great again). Sem provocação conhecida, ?o presidente eleito dos Estados Unidos escreveu em uma rede social, no sábado, que os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de outros cinco) poderão enfrentar tarifas de até 100%. Caso se concretize, as exportações brasileiras para os EUA custariam o dobro do valor atual, ou seja, seriam inviabilizadas.
A mensagem de Trump é inquietante: "A ideia de que os países do Brics estão tentando se afastar do dólar enquanto nós ficamos parados observando ACABOU (maiúsculas no original). Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do Brics nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos EUA".
Trump não "exige" apenas que o projeto de uma moeda paralela nas negociações internacionais seja deixado de lado. Demanda "um compromisso", ou seja, uma deliberação. Na atual correlação de forças do Brics, é improvável.
Decisão sobre tarifas não passa pelo Congresso. Será tomada com os secretários do Tesouro e do Comércio. No Tesouro, estará Scott Bessent, que fala em "reordenação econômica global" e em "manter o status do dólar como moeda de reserva mundial". No Comércio, Howard Lutnick afirmou, pouco antes da indicação, que os EUA não devem cobrar mais de seus cidadãos, mas impor "tarifas à China e arrecadar US$ 400 bilhões".
Tarifa de 100% é inimaginável. É quase o dobro da ameaça específica à China, de 60%. Ainda que não alcance esse nível ridículo, pode prejudicar exportadores. Nem Trump pode impor tarifas sem freio, sob pena de arruinar a própria economia. Estudo do Peterson Institute for International Economics indicou que uma família típica de renda média dos EUA pode gastar US$ 2,6 mil a mais por ano com uma tarifa geral de 20% e de 60% sobre as da China. _
Gaúcho deve integrar diretoria do BC
Com as novas indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria do Banco Central (BC), um gaúcho deve integrar o comando da instituição e, por consequência, do Comitê de Política Monetária (Copom). É Gilneu Vivan, funcionário de carreira desde 1994, que chegou a trabalhar na regional de Porto Alegre.
Vivan é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre pela Universidade de Brasília (UnB). No ano passado, lançou o livro As Novas Fronteiras da Supervisão, com Paula Oliveira, elogiado pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Também foram indicados Nilton David, atual chefe de operações de tesouraria do Bradesco, para a diretoria de Política Monetária que ficará vaga com a ascensão de Gabriel Galípolo à presidência do BC, e de Izabela Correa para a de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. A expectativa é de sabatina no Senado entre os dias 10 e 11. _
Bar de tapas à beira do Guaíba
Com aporte de R$ 1,5 milhão, um bar inspirado na Espanha abre no próximo dia 12 no Cais Embarcadero, em Porto Alegre. O Tapas y Besos terá desde tapas espanholas, como croquetas de jamón, até pratos como gambas al ajillo (camarão ao alho) e bebidas com sangria e tinto de verano, de vinho tinto e soda sabor limão.Com capacidade para até 150 clientes, a unidade terá terraço com vista para o Guaíba. _
Dino libera emendas, mas impõe regras de transparência
Pagamentos estavam suspensos desde agosto. Decisão prevê limite para aumento dos valores e exige identificação de quem indicar repasses de bancada ou comissão. STF já formou maioria para referendar posição. Preocupação do governo é com possível impacto sobre votação do pacote fiscal
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento de emendas parlamentares, que estava suspenso desde agosto. Dino definiu, no entanto, uma série de regras com o objetivo de aumentar o controle sobre os repasses.
Após a suspensão, que se deu por decisão do próprio Dino, o Congresso aprovou uma lei, já sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, entre outros, altera o método de atualização do valor das emendas a cada ano, define um limite para emendas de bancada e torna obrigatório que os autores das transferências especiais, conhecidas como emendas Pix, indiquem onde os recursos vão ser aplicados - o que hoje não acontece.
Algumas lacunas, porém, permaneceram, como a ausência de obrigação expressa de apontar o parlamentar que indica emendas de comissão, o que foi muito criticado por entidades de combate à corrupção.
Na decisão de ontem, Dino alegou que a identificação do proponente é "imprescindível". "Todo o processo orçamentário precisa estar devidamente documentado para o integral cumprimento das regras constitucionais de transparência e de rastreabilidade", alegou o ministro. A regra também vale para restos a pagar das antigas emendas de relator (que compunham o orçamento secreto), já extintas.
Dino também fixou um teto para as despesas com emendas, que poderá ser atrelado ao crescimento dos gastos discrionários do governo (leia ao lado).
No despacho de 65 páginas, o ministro criticou o valor consumido hoje pelas emendas, alegando que "nenhuma despesa no Brasil teve similar trajetória em desfavor da responsabilidade fiscal".
"Os bilhões de reais alocados pelo Congresso foram se multiplicando em escala geométrica, simultaneamente a descontroles e opacidades", escreveu.
Em 2024, cerca de R$ 49,2 bilhões do orçamento da União serão destinados às indicações dos parlamentares.
Crise entre poderes
A suspensão dos pagamentos em agosto deflagrou uma crise entre STF e Congresso.
Ontem, o relator do projeto da Lei Orçamentária de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que a nova decisão de Dino "acalma o Parlamento".
Vamos ter regras mais cristalinas para serem aplicadas a partir de 2025. O importante é isso: manter a harmonia e a independência entre os poderes - alegou.
O impasse preocupava o Palácio do Planalto devido ao risco de contaminar a votação do pacote de cortes de gastos anunciado na semana passada pela equipe econômica e que deve ser pautado ainda este ano. O impacto ainda não é descartado, já que setores do Congresso consideraram excessivas as restrições impostas por Dino.
Sessão virtual
Ontem à noite, o plenário do STF formou maioria para referendar a decisão de Dino. Até o fechamento desta edição, o placar estava em seis a zero. Ainda faltavam os votos de cinco ministros. A sessão virtual convocada pelo presidente Luis Roberto Barroso termina às 23h59min de hoje.
Nova fase de uma velha tensão
Ainda na semana passada, membros do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham lançaram ataques ao norte e noroeste de Aleppo. Nos dias 29 e 30, invadiram a cidade e impuseram a saída das forças governamentais.
É um dos mais tradicionais desde o início da guerra. Eles cresceram, se fortaleceram, se reorganizaram e hoje são um grande guarda-chuva de diferentes grupos militares, opositores ao governo sírio. Então, essa grande coalizão de diferentes grupos militares acabou criando essa nova frente armada da oposição síria, que conseguiu concretizar essa ofensiva surpresa - explica Issam Menem, doutor em estudos estratégicos internacionais e pesquisador do Núcleo de Pesquisa sobre as Relações Internacionais do Mundo Árabe, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
De um lado, Rússia e Irã têm influência sobre áreas controladas pelo governo. Do outro, os Estados Unidos têm forças no nordeste e leste do país, apoiando as Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos. Já a Turquia tem tropas no noroeste, controlado pelos rebeldes jihadistas. O conflito também se alastra por outras guerras do Oriente Médio, já que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, ajudou Bashar al-Assad, presidente da Síria, a recuperar Aleppo em 2016.
Acredito que estamos observando, nesta semana, a guerra iniciar uma nova fase do conflito. Depois de anos, observamos a evolução desse conflito para uma grande escala novamente, em que milhares de combatentes serão engajados e, como estamos vendo, inúmeras mortes sendo anunciadas todos os dias - afirma.
Logo após as investidas, o governo sírio afirmou que irá revidar.
- Há um contra-ataque do governo sírio, tanto pela Rússia quanto pelo Irã. O governo sírio não abrirá mão da sua segunda maior cidade, que é Aleppo, um símbolo cultural da Síria, e com certeza tentará retomar o controle da região.
O que olhar daqui para frente?
A retomada de um conflito em grande escala pode desestabilizar novamente a administração do governo sírio, levando a uma nova onda de crise econômica, social e política para Damasco (capital da Síria). Nesse sentido, outra questão que devemos nos atentar é o fortalecimento de grupos extremistas na região e como esses grupos podem acabar se fortalecendo novamente, atuando fora das fronteiras - enfatiza.
Para o doutor, o novo evento pode gerar uma crise de segurança, política e econômica, não só para a Síria, mas para toda a região. _
Uma curiosa coincidência na eleição do Uruguai
A eleição de Yamandú Orsi, novo presidente do Uruguai, mantém uma coincidência no mínimo curiosa entre os líderes do país. Esta será a quinta vez que um presidente tem ou Ramón ou Alberto como segundo nome.
Ainda há líderes anteriores com os mesmos nomes, mas que não fazem parte da sequência ou da regra. Em 1989, Luis Alberto Lacalle - pai do atual presidente; e em 1976, durante a ditadura militar uruguaia, ainda contou com o presidente Alberto Demicheli. _
Colaborou Douglas Weber - Minidocumentário abordará a enchente nas comunidades afro
A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RenafroSaúde), em parceria com o Instituto Ibirapitanga, realizará hoje o pré-lançamento do minidocumentário A Dide: Ajuda Humanitária aos Terreiros. A produção destaca o impacto da enchente em comunidades religiosas afro-brasileiras no Estado e as iniciativas de ajuda humanitária para apoiar os locais atingidos.
O minidocumentário tem a direção da gaúcha Mirian Fichtner, que já conta em seu currículo a produção Cavalo de Santo: Religiões Afro-gaúchas, que aborda a história das comunidades no Estado, e o roteiro de Carlos Caramez.
O documentário conta com o apoio da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do RS (DPE- RS), e o pré-lançamento será às 14h no auditório do órgão. _
Biden não foi o primeiro a dar perdão presidencial a parente
Apesar da surpresa, já que Biden repetidamente afirmou que não o faria, ele não é o primeiro presidente a conceder perdão a um parente.
Em 2020, Donald Trump concedeu a clemência a Charles Kushner, sogro de Ivanka Trump, filha do ex-presidente. Kushner era condenado por sonegação fiscal, doações ilegais de campanha e coação de testemunhas.
Do lado democrata, Bill Clinton perdoou seu meio-irmão Roger, que havia sido condenado por um crime relacionado a cocaína em 1985.
O que diferencia o caso de Hunter é que tanto Clinton quanto Kushner já tinham cumprido partes das penas quando o perdão foi concedido. A ação de Biden ocorre semanas antes do julgamento do filho.
O indulto concedido por Biden funciona como um perdão total e incondicional aos atos praticados pelo filho. _
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
02 de Dezembro de 2024
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
O forte calor no domingo e um grande congestionamento no sábado foram problemas enfrentados pelos vestibulandos no final de semana. Algumas provas exigiram mais dos candidatos, na comparação com o mesmo concurso nos anos anteriores
Na avaliação de professores de cursos preparatórios, as provas seguiram o padrão de vestibulares anteriores. Os docentes consideraram que a prova do domingo estava bem formulada, sem surpresas, e projetam um bom resultado para os alunos bem preparados.
- Não tivemos nenhuma surpresa em Biologia - avalia o docente Davi Frezza, do Fleming Medicina. - Foi uma prova com os temas tradicionais da UFRGS, e o nível de dificuldade também.
Enchente até na Química
Os professores de Química Natália Santos e Andrey Czolpinski, do curso Anglo, também acharam a prova alinhada ao padrão adotado nos últimos anos.
- Duas questões surpreenderam ao resgatar tópicos que não eram trabalhados na UFRGS há algum tempo, abordando propriedades coligativas e gases. Apesar dessas exceções, a prova manteve um perfil tradicional, resgatando o formato que é de costume do vestibular de Química, diferentemente do ano anterior, quando uma questão foi anulada e a abordagem foi atípica, mais difícil. Um destaque foi o uso da enchente como contexto em uma questão de química orgânica - pontuaram, em conjunto.
Segundo a assessoria de comunicação da universidade, ontem não houve transtornos no início da aplicação das provas, diferentemente do sábado (leia abaixo). O gabarito do domingo deve ser divulgado às 9h de hoje, que também é quando a UFRGS deve divulgar as abstenções e as médias do segundo dia de prova.
Redação sobre a memória
A redação teve um texto de apoio intitulado "Incêndio no Museu Nacional provoca reflexões: o Brasil é um país sem memória?", do jornalista Leonardo Lichote. Partindo dessa premissa, foi pedido aos candidados que escrevessem sobre uma polêmica fictícia envolvendo a criação de um memorial da cheia de maio no RS.
- A prova veio sob o mesmo formato das últimas edições, ou seja, a UFRGS manteve o texto base e uma situação de enunciação. Quanto a isso, o candidato não se surpreendeu. A situação de interlocução é que está bem diferente das anteriores. O candidato fez o seu texto para ser lido por ele mesmo em uma audiência pública hipotética, em que está em jogo a criação desse memorial. É uma excelente proposta, com difícil condução - diz Luciana Bergmann, do Fleming Medicina.
Conforme Elisa Vigna, que leciona Português no Anglo, o tema segue uma linha utilizada nos anos anteriores de promoção de discussões sobre a importância da história e da memória.
- A prova aposta em algo que é bastante atual, porém considero a escolha do tema insensível, já que muitos candidatos sofreram com a enchente e tiveram de reviver seus traumas. O tema ainda é uma ferida aberta para os gaúchos - considera Elisa. _
No sábado, chamou a atenção a dificuldade da prova de Matemática, segundo relatos dos candidatos publicados nas redes sociais. O primeiro dia do concurso também testou os conhecimentos dos estudantes em Língua Portuguesa, Literatura, História e Geografia.
Foram as questões sobre geometria que causaram as maiores dificuldades, na avaliação do docente de Matemática e diretor do curso Anglo, Arthur Barcellos Bernd. A prova cobrou fórmulas e propriedades que não aparecem com tanta frequência nem são de conhecimento da maioria dos vestibulandos, diz Bernd, citando a lei dos cossenos e as relações métricas no triângulo retângulo como exemplos.
- A prova foi similar em estrutura e distribuição dos conteúdos. Ou seja, não houve surpresa no que diz respeito aos principais temas e áreas e à quantidade de questões por conteúdo - afirma o professor. - Contudo, como as questões de geometria tiveram uma dificuldade maior do que a normal e levando em conta que esta costuma ser uma parte da prova de Matemática de preferência dos alunos, é possível que muitos avaliem que estava mais difícil e que haja uma redução na média da prova - complementa.
A nota média de Matemática foi 5,88, abaixo dos 6,47 registrados em 2023. Já a prova de Geografia, também considerada difícil, segundo Rodrigo Vasques, professor dessa disciplina no Fleming Medicina, teve média de 7,32, superando o índice do ano passado, que fora de 6,53.
- A prova de Geografia foi um pouco diferente neste ano, com uma concentração nas questões ambientais, principalmente na gestão do meio ambiente, sem deixar de apresentar questões clássicas sobre indicadores demográficos, questões atuais de conflitos e a espacialidade do Oriente Médio - analisa Vasques.
Eunice e Malu
Eunice e Malu são personagens de dois filmes de trajetórias igualmente desiguais, ambos em cartaz em Porto Alegre. Ainda Estou Aqui já ultrapassou os 2 milhões de espectadores. Malu corre o risco de passar despercebido - como boa parte dos filmes brasileiros sem nomes famosos no elenco. Estou escrevendo para que você dê uma chance a esse pequeno grande filme, exibido em Sundance e multipremiado no último Festival do Rio.
Malu é um Tchékhov na favela, um drama familiar com uma intensidade poucas vezes vista no cinema contemporâneo. A história se passa nos anos 1990, quando a atriz Malu (Yara de Novaes), já longe dos palcos e da juventude, insiste em continuar cultivando os sonhos perdidos de sua geração - entrando em conflito direto com o carolismo da mãe (Juliana Carneiro da Cunha) e o pragmatismo da filha (Carol Duarte).
O filme é sobre o convívio possível entre pessoas que pensam e sentem de formas diferentes, sobre cigarras e formigas (e como o mundo seria insuportável se todo mundo só cantasse ou só trabalhasse) e sobre o sentimento visceral que une mães e filhas que se amam, se odeiam ou tudo ao mesmo tempo agora.
As coincidências entre Eunice e Malu não se limitam à circunstância de terem sido retratadas em filmes que chegaram ao mesmo tempo aos cinemas ou que ambas, cada uma a seu modo e em condições bastante distintas, tenham lidado com as consequências imediatas do golpe de 1964.
O elo mais significativo entre essas duas mulheres tão diferentes entre si é o fato de terem inspirado os filhos a criarem obras que as homenageiam e eternizam. Em certo sentido, Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, e Pedro Freire, diretor de Malu, deram à luz as próprias mães. _
Número de pessoas com 60 anos ou mais na informalidade avança no RS
Renda insuficiente, envelhecimento da população no Estado e alta nos custos com saúde estão entre os principais pontos que ajudam a explicar esse movimento, segundo especialistas. São 332 mil nessa situação no terceiro trimestre deste ano
Schutz é uma das 322 mil pessoas com 60 anos ou mais que trabalham de forma informal no Rio Grande do Sul, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um cenário onde o mercado de trabalho conta cada vez mais com trabalhadores com idade avançada, o montante de pessoas nessa situação cresceu 11,4% no Rio Grande do Sul no terceiro trimestre deste ano ante igual período de 2023.
Além disso, atingiu o maior patamar em números absolutos dentro da série histórica. Mais pessoas idosas trabalhando para complementar a renda, envelhecimento da população no Estado e aumento nos custos com saúde e bem-estar estão entre os principais pontos que ajudam a explicar esse movimento, segundo especialistas.
Olhando apenas números absolutos, o Rio Grande do Sul contava com 322 mil pessoas com 60 anos ou mais trabalhando em situação informal no terceiro trimestre deste ano - 33 mil a mais do que o observado no mesmo período de 2023.
Entre os grupos de idades pesquisados, esse é o que apresentou o maior salto no período. O avanço do contingente de informais com 60 anos ou mais - de 11,4% - é maior ante a média geral. No total, pegando todas as faixas etárias, o Estado tinha 1,970 milhão de pessoas na informalidade no terceiro trimestre - 6,95% a mais do que o verificado um ano antes (1,842 milhão).
O crescimento da informalidade também acompanha o salto na população com 60 anos ou mais ocupada no Estado, que passou de 523 mil para 590 mil entre os dois períodos - alta de 12,8%. No país, o avanço na população com 60 anos ou mais ocupada em situação de informalidade foi menor (6,43%).
Dificuldade na recolocação
- Tem a questão histórica das pessoas de 60 anos ou mais terem mais dificuldades de colocação no mercado de trabalho. Isso seria uma das explicações. Também tem a questão etária, é um grupo que está em maior expansão.
O Censo demográfico de 2022 destacou essa tendência de aceleração do envelhecimento da população gaúcha. O Estado tinha 2,19 milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2022 - parcela de 20,15% da população. No censo de 2010, eram 1,46 milhão (13,65% do total). O dado mostra que esse grupo de cidadãos saltou 50,27% entre as duas pesquisas. _
Alto endividamento em um ambiente de renda média baixa
- O aposentado, o idoso, está buscando incrementar a renda. Para pagar as dívidas, ele tem de trabalhar mais.
A taxa de informalidade no grupo com 60 anos ou mais, que mostra o percentual de informais dentro do total de trabalhadores ocupados nesta faixa, ficou estável entre os dois períodos, saindo de 55,2% para 54,5%.
O professor Moisés Waismann, coordenador do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, afirma que uma série de fatores empurra pessoas com idade mais avançada para a informalidade. Complemento diante de aposentadoria com valor insuficiente, necessidade de incrementar o orçamento familiar, alto custo das despesas médicas e do lazer e maior número de pessoas com 60 anos ou mais aptas para o trabalho. No entanto, destaca a renda limitada como o fator que tem maior peso dentro dessa equação:
- É uma série de fatores, mas eu acho que o preponderante, efetivamente, é a falta de bem- estar depois da aposentadoria por conta da renda. A renda que se paga pela contribuição da força de trabalho não é suficiente para eles se manterem.
Citado no início da reportagem, o ex-motorista de transporte coletivo Ricardo Schutz, 63 anos, começou a atuar como motorista de aplicativo logo após conseguir a aposentadoria, há cerca de oito anos. A nova atividade começou como algo esporádico, para proporcionar uma renda extra e quebrar a rotina. No entanto, com o custo de vida aumentando nos últimos anos, a nova profissão virou um dos principais alicerces do orçamento do aposentado.
- Se parar, quebra. Não tem como eu dizer hoje que eu vou parar. Faz parte do orçamento. _
Gabriel Souza trabalha para manter controle sobre o MDB
Papai Noel na AL - Risco eleitoral
Está sendo embrulhado na Assembleia Legislativa mais um pagamento de supostas perdas referentes à implantação da URV, em 1994. Como todo o passivo já foi quitado, agora descobriram um suposto erro no cálculo dos juros.
O presente deve chegar na virada do ano ao bolso dos servidores da Casa. Para 2025, a ideia é criar um auxílio-saúde de R$ 800 para cada funcionário e de R$ 1,2 mil para os deputados.
Anda rápido o processo que pode anular os votos da Comandante Nádia (PL), reeleita para o terceiro mandato na Câmara de Vereadores da Capital.
Na sexta-feira, serão ouvidas as testemunhas de defesa, penúltima fase antes do veredito. Nádia corre risco de ter o registro cassado por comparecer a uma inauguração oficial durante a campanha, expediente vedado pela lei eleitoral. Ela nega qualquer ilegalidade. _
Recebido aos gritos de "uh, terror, Gabriel governador" no 20º acampamento de verão da Juventude do MDB, sábado, em Tramandaí, Gabriel Souza transformou o ato em mais um degrau na escadaria de sua candidatura ao Palácio Piratini em 2026.
Nas últimas semanas, Gabriel foi surpreendido por uma movimentação precipitando o nome do prefeito reeleito de Porto Alegre, Sebastião Melo, ao governo do Estado.
As intrigas levaram Eduardo Leite a redobrar cuidado com a sucessão, projetando a necessidade de eventual candidatura alternativa dentro da base governista. Gabriel agiu rápido para demonstrar a Leite que domina o MDB e é capaz de liderar uma aliança que defenda o legado da atual gestão.
Nos 18 dias em que esteve como governador em exercício, Gabriel percorreu o Interior para se reaproximar da base, jantou com parte da bancada na Assembleia e fez questão de receber Melo com mesuras no Palácio Piratini, ocasião em que exigiu prioridade aos pedidos do alcaide. O prefeito tampouco passou recibo e saiu da reunião convidando Gabriel para jantarem camarão qualquer dia desses.
Gestos e palavras medidas
Gabriel sabe que precisa de maior exposição para se reafirmar como candidato a governador, mas só vai botar o bloco na rua no segundo semestre de 2025. Seu principal trampolim são os R$ 10 bilhões que o Estado tem para investir nos próximos dois anos.
Embora tenha desabafado que precisaria de três governos para acomodar todos os pedidos do partido, o vice tem medido os gestos e as palavras. Ciente de que o sucesso de sua empreitada depende de não deixar a onça com fome nem o cabrito morrer, repete a postura do presidente americano Calvin Coolidge, segundo o qual "quem fica calado nunca volta atrás". _
Reforço no orçamento
O Ministério Público Estadual quer usar parte do Fundo de Bens Lesados, cofrinho onde entra o dinheiro obtido em multas e acordos extrajudiciais impostos pelos promotores. Em geral, esse recurso é destinado a entidades ou populações vulneráveis, mas o MP quer usar 20% no reaparelhamento da própria instituição, conforme projeto prestes a ser votado na Assembleia Legislativa.
Atualmente, há R$ 123,5 milhões em caixa. _
Sucessão asfaltada -Vitrine do agro
Após três mandatos de deputado estadual e mais três de federal, Márcio Biolchi (MDB) está disposto a não concorrer em 2026 e migrar para a iniciativa privada. De olho nos votos do colega de partido, o secretário de Transportes, Juvir Costella, que já asfalta a candidatura. _
Jair Bolsonaro estará em Santa Rosa na sexta-feira. O ex-presidente chega ao RS na véspera, pernoita em Santo Ângelo e no dia seguinte visita a Fenasoja. O objetivo é exibir vigor político, sobretudo junto ao agro, em meio à investida judicial por participação na trama golpista. _
A Justiça reafirmou a proibição à prefeitura de Erechim de licitar o serviço de água e esgoto sem antes indenizar a Corsan. A conta supera R$ 200 milhões.
Supersalários na prefeitura de Bagé
Curto-circuito - Lupa nos gastos
Autor de projeto de lei que retira tomadas das prisões, o delegado Zucco (Republicanos) está possesso com o Piratini por ter enviado texto idêntico à Assembleia Legislativa sem reconhecer a origem da iniciativa. _
O Tribunal de Contas e a Defesa Civil começam a fiscalizar nos próximos dias o emprego dos R$ 180 milhões repassados a 95 municípios em calamidade pública após a enchente de maio. O dinheiro foi doado pelo Judiciário. _
Com uma dívida consolidada de R$ 366 milhões, sendo mais da metade já empenhada e com vencimento a curto prazo, a prefeitura de Bagé promoveu o pagamento de supersalários nos últimos anos.
Contracheques de seis dígitos eram embasados em pareceres jurídicos agora sob análise no Tribunal de Contas do Estado.
Em agosto, por exemplo, um oficial administrativo com salário-base de R$ 1,2 mil recebeu R$ 222 mil brutos (R$ 215 mil líquidos).
Boa parte do recurso era paga a título de licença-prêmio, cujo desembolso passou de R$ 277 mil em 2021 para R$ 1,3 milhão em 2022, R$ 3,2 milhões em 2023 e R$ 3,9 milhões neste ano.
Prestes a assumir o comando do município, Luiz Mainardi (PT) já pediu uma auditoria na folha de pagamento.
Atualmente, os gastos com pessoal consomem 68,89% da receita corrente líquida, muito acima dos 54% permitidos pela legislação.
Após a renúncia do prefeito Divaldo Lara (PRD), mês passado, o vice Mario Mena disse que demitiria 300 dos 357 CCs, mas cerca de 150 ainda seguem trabalhando. _
POLÍTICA E PODER