segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

SEMEANDO ESPERANÇA:

Dos dias difíceis extraímos constantes pensamentos de incapacidade onde tudo parece insolúvel . Isolado, consternado e nublado a procura de ventos fortes que possam levar embora a tristeza. Ah, aquela brisa na testa que traz consigo uma calmaria. O que era peso torna-se leve como a alva neve. E ao olharmos para cima, lembramo-nos de um certo amigo, não é mesmo? Aquele que nos ensina que as lágrimas servem como escape e que são necessárias serem externadas.
Ele que várias cartas escreveu, num pequeno verso disse: “E, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos… (Isaías 25:8)”, logo pude entender o quão limitada é a nossa esperança, que em sua fragilidade deteriora-se com qualquer tempestade  presente – emocionais e espirituais. Mas, como o trigo que ao cair no solo germina e grandes plantações produz; a sobra do que nos resta multiplica-se a cem por um ao conhecermos o maior Doador de Sonhos, chamado Jesus.
Com Sua complacência aprendemos que a existência do belo está onde não há holofotes. O orvalho despercebido passa a ganhar maior apreço. O sol nascente torna-se um grande e resplandecente motivo de gratidão. Amar reverte-se em prazer; perdoar, num dever. Junto aos ombros que nos acolhe aprendemos a dispor-se de coração. Como outrora recebemos, agora podemos oferecer. Dar aquilo que em nosso íntimo fora semeado, o qual em nossas entranhas crescera como doces frutos…
Em cada canto, em cada banco; em cada parque, a cada passo pelos jardins. Aqui ou acolá poderemos lembrarmo-nos do renovo que as plantas recebem, bem como a mais elegante metáfora que mudara nossas vidas. Caminhando, ainda sim, lançaremos aos corações os grãos que em nosso espírito deram tais frutos. Assim possuiremos a certeza de que a preciosa semente da esperança pôde crescer, passando a coabitar no cerne de nossas perspectivas. Criando em si novos doadores de sonhos.