
Jornalistas em perigo
Estou prestes a completar 10 mil dias em uma das mais antigas profissões do mundo. Zero dia de tédio. E uma empolgação maior ainda hoje, graças à transformação digital.
Eu era uma guria, tinha 16 anos e meio quando coloquei os pés pela primeira vez em um jornal. Gosto dos números e, se você não é como eu, facilito: os 10 mil dias ali de cima formam 27 anos. Estou com 43. Sou um raro caso de quem entrou no jornalismo pela matemática. Explico: uma profe da disciplina que trabalhava no Pioneiro me fez o convite para reforçar o time da diagramação em um tempo em que o desenho das páginas era feito à mão e requeria dezenas de cálculos para encaixar perfeitamente milhares de caracteres, cada imagem, cada fio.
Celular era raro e internet não existia na Redação de 1994, mas bastou colocar os pés lá para desistir do Direito e da
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