terça-feira, 3 de dezembro de 2024



03 de Dezembro de 2024
INFORME ESPECIAL - Vitor Netto

Nova fase de uma velha tensão

Ainda na semana passada, membros do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham lançaram ataques ao norte e noroeste de Aleppo. Nos dias 29 e 30, invadiram a cidade e impuseram a saída das forças governamentais.

É um dos mais tradicionais desde o início da guerra. Eles cresceram, se fortaleceram, se reorganizaram e hoje são um grande guarda-chuva de diferentes grupos militares, opositores ao governo sírio. Então, essa grande coalizão de diferentes grupos militares acabou criando essa nova frente armada da oposição síria, que conseguiu concretizar essa ofensiva surpresa - explica Issam Menem, doutor em estudos estratégicos internacionais e pesquisador do Núcleo de Pesquisa sobre as Relações Internacionais do Mundo Árabe, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

De um lado, Rússia e Irã têm influência sobre áreas controladas pelo governo. Do outro, os Estados Unidos têm forças no nordeste e leste do país, apoiando as Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos. Já a Turquia tem tropas no noroeste, controlado pelos rebeldes jihadistas. O conflito também se alastra por outras guerras do Oriente Médio, já que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, ajudou Bashar al-Assad, presidente da Síria, a recuperar Aleppo em 2016.

Acredito que estamos observando, nesta semana, a guerra iniciar uma nova fase do conflito. Depois de anos, observamos a evolução desse conflito para uma grande escala novamente, em que milhares de combatentes serão engajados e, como estamos vendo, inúmeras mortes sendo anunciadas todos os dias - afirma.

Logo após as investidas, o governo sírio afirmou que irá revidar.

- Há um contra-ataque do governo sírio, tanto pela Rússia quanto pelo Irã. O governo sírio não abrirá mão da sua segunda maior cidade, que é Aleppo, um símbolo cultural da Síria, e com certeza tentará retomar o controle da região.

O que olhar daqui para frente?

A retomada de um conflito em grande escala pode desestabilizar novamente a administração do governo sírio, levando a uma nova onda de crise econômica, social e política para Damasco (capital da Síria). Nesse sentido, outra questão que devemos nos atentar é o fortalecimento de grupos extremistas na região e como esses grupos podem acabar se fortalecendo novamente, atuando fora das fronteiras - enfatiza.

Para o doutor, o novo evento pode gerar uma crise de segurança, política e econômica, não só para a Síria, mas para toda a região. _

Uma curiosa coincidência na eleição do Uruguai

A eleição de Yamandú Orsi, novo presidente do Uruguai, mantém uma coincidência no mínimo curiosa entre os líderes do país. Esta será a quinta vez que um presidente tem ou Ramón ou Alberto como segundo nome.

Ainda há líderes anteriores com os mesmos nomes, mas que não fazem parte da sequência ou da regra. Em 1989, Luis Alberto Lacalle - pai do atual presidente; e em 1976, durante a ditadura militar uruguaia, ainda contou com o presidente Alberto Demicheli. _

Colaborou Douglas Weber - Minidocumentário abordará a enchente nas comunidades afro

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RenafroSaúde), em parceria com o Instituto Ibirapitanga, realizará hoje o pré-lançamento do minidocumentário A Dide: Ajuda Humanitária aos Terreiros. A produção destaca o impacto da enchente em comunidades religiosas afro-brasileiras no Estado e as iniciativas de ajuda humanitária para apoiar os locais atingidos.

O minidocumentário tem a direção da gaúcha Mirian Fichtner, que já conta em seu currículo a produção Cavalo de Santo: Religiões Afro-gaúchas, que aborda a história das comunidades no Estado, e o roteiro de Carlos Caramez.

O documentário conta com o apoio da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do RS (DPE- RS), e o pré-lançamento será às 14h no auditório do órgão. _

Biden não foi o primeiro a dar perdão presidencial a parente

Apesar da surpresa, já que Biden repetidamente afirmou que não o faria, ele não é o primeiro presidente a conceder perdão a um parente.

Em 2020, Donald Trump concedeu a clemência a Charles Kushner, sogro de Ivanka Trump, filha do ex-presidente. Kushner era condenado por sonegação fiscal, doações ilegais de campanha e coação de testemunhas.

Do lado democrata, Bill Clinton perdoou seu meio-irmão Roger, que havia sido condenado por um crime relacionado a cocaína em 1985.

O que diferencia o caso de Hunter é que tanto Clinton quanto Kushner já tinham cumprido partes das penas quando o perdão foi concedido. A ação de Biden ocorre semanas antes do julgamento do filho.

O indulto concedido por Biden funciona como um perdão total e incondicional aos atos praticados pelo filho. _

INFORME ESPECIAL

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