
É necessário αbrir os olhos e perceber que αs coisαs boαs estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisαm de motivos nem os desejos de rαzão. O importαnte é αproveitαr o momento, pois α vidα estα nos olhos de quem sαbe ver. Tento me lembrαr, de tudo que vivi, o que tem por dentro, ninguém pode roubαr. Pois os diαs ruins, todo mundo tem já jurei prα mim, não desαnimαr, não ter mαis pressα , eu sei que o mundo vαi girar . . .Eu espero α minhα vez.
quinta-feira, 28 de novembro de 2024

28 de Novembro de 2024
DIRETO DA REDAÇÃO
Os falsos bombeiros
Corte de gastos. O termo passeia pelas manchetes há algum tempo. A lógica parece simples: o governo precisa enxugar as despesas para não quebrar o país.
A urgência ofusca uma pergunta essencial: como chegamos a esse ponto? Quem permitiu que o Estado se tornasse uma máquina que consome mais do que entrega? Não faltará quem bote a culpa no câmbio, na China, no sistema, na vó do Badanha ou na Geni.
Nesse cenário, surgem os falsos dilemas. O maior deles é privatização versus estatização. O debate está fora de foco, preso a paixões ideológicas que não resolvem o problema central. A questão deveria ser outra, bem mais pragmática: eficiência. Não a eficiência medida pelo ponto de vista dos políticos, mas sim pelos resultados concretos percebidos pelos eleitores.
Sob esse prisma, tanto faz se quem manda é o governo ou um grupo de acionistas. O que importa é que funcione.
Da mesma forma, propor e aprovar um "corte de gastos" é uma gigantesca prova de incompetência. Cortar não tem compromisso direto com eficiência. Gastar menos não significa, necessariamente, gastar melhor.
Sonho com um governo que tenha a coragem de propor um pacote de "corte de ineficiências". Isso significaria rever estruturas obsoletas e desmontar máquinas de desperdício. Mas é um sonho distante. Propor um "corte de ineficiências" significaria mexer nas engrenagens que sustentam o poder. E o poder, no Brasil, não gosta de se desfazer de seus confortos.
Assim, definem-se metas e estratégias a partir de um incêndio que precisa ser contido, e não a partir de uma visão de futuro. O Estado brasileiro corre atrás das chamas, mas nunca planeja prevenir que elas surjam. Tudo para que, na próxima eleição, as torneiras da gastança irresponsável sejam abertas novamente. E o veneno seja vendido, mais uma vez, como remédio.
O projeto de poder odeia o projeto de país. O curto prazo é rei. O longo, uma abstração sem importância. Enquanto isso, acreditamos que o fogo está sob controle, mesmo com a fumaça nos sufocando.
Tulio Milman - DIRETO DA REDAÇÃO
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