quinta-feira, 12 de setembro de 2024

12 de Setembro de 2024
INFORME ESPECIAL- Vitor Netto

Destaque para mediadores no debate entre Trump e Kamala

O esperado primeiro embate entre Kamala Harris e Donald Trump, que começou com um tímido aperto de mão proposto pela candidata democrata, foi recheado de pontos a serem analisados, principalmente quando tratados assuntos-chave na corrida eleitoral americana, como imigração, aborto, questões de gênero, inflação e, principalmente, a checagem de informações.

Na terça-feira à noite, o republicano falou por 42 minutos e a atual vice-presidente, por 37. Trump por vezes deu atenção a destaques do cotidiano dos americanos. O ex-presidente atacou as políticas migratórias e disse que a adversária seria responsável pela "invasão" de estrangeiros no país.

- Em Springfield, eles estão comendo os cachorros. As pessoas que chegaram, estão comendo os gatos, eles estão comendo os animais de estimação das pessoas que moram lá - disse ele.

E aqui surge o destaque para os mediadores da ABC News, David Muir e Linsey Davis, que estavam preparados para as checagens das falas dos concorrentes e prontamente o corrigiram. Muir desmentiu o republicano e informou que as autoridades municipais garantiram que as informações são falsas. Trump rebateu e disse que viu o caso na TV.

Esse não foi o único momento em que ocorreu a checagem de afirmações. Em outro episódio, Trump levantou dados afirmando que a criminalidade está aumentando no país. Novamente, o moderador disse que índices do FBI apontam o contrário, e prontamente o candidato disse que o órgão estaria "alterando" os números.

Impasse

Republicanos reclamaram que poucas vezes Kamala foi contestada pelos jornalistas, mas não saiu ilesa da atuação dos mediadores. Foi confrontada sobre a sua mudança de posição quanto ao "fracking", que é a perfuração em busca de matéria-prima para combustíveis fósseis. Ainda nas primárias de 2020, a democrata disse em ocasiões que apoiaria a proibição da prática para ajudar a resolver problemas relacionados às mudanças climáticas. Recentemente, ela disse que não proibiria. Questionada novamente no debate, declarou que foi o "voto de desempate" na Lei de Redução da Inflação, que abriu novos arrendamentos para fracking.

Houve outros momentos em que Muir e Linsey se apresentaram firmes. Com isso, pode-se apontar que os mediadores tiveram destaque especial. _

Principais rounds do duelo na TV

Trump atacou a rival dizendo que ela não tinha propostas. Por vezes, comparou-a a Joe Biden. Em seu debate, o então candidato e atual presidente não teve bom desempenho e os republicanos o chamaram de "velho", dizendo que não tinha mais condições de se manter na presidência e, inclusive, pedindo para que ele deixasse o cargo. Agora, a estratégia de Trump foi conversar com seu público, que quer Biden fora da Casa Branca o quanto antes.

Outro ponto positivo para o republicano foi quando falou de inflação e imigração, dois assuntos sensíveis aos americanos.

Os EUA vivem um momento econômico complicado e, em boa parte do debate, o ex-presidente atribuiu a situação à má condução econômica da administração Biden-Harris.

No assunto aborto, Kamala saiu na frente. Trump repetiu a falsa alegação de que alguns Estados permitem "abortos após o nascimento". A mediadora disse: "Não existe nenhum Estado onde seja legal matar o bebê depois de nascer". A democrata defendeu restaurar o direito ao aborto e falou que Trump decidirá pela proibição.

Os jornalistas pressionaram se ele assinaria ou não a restrição nacional. Titubeou e não respondeu com clareza a questão.

Outro ponto para Kamala foi na questão racial. Recentemente, Trump questionou o fato de ela se apresentar como negra. No debate, o ex-presidente gaguejou e disse: "Não dou a mínima importância sobre o que ela é". Kamala o atacou, dizendo que ele tem histórico de tentar dividir o país. _

OEA vai apurar responsáveis da Kiss

A denúncia feita à comissão é de 2017 e, desde então, o Estado foi notificado e pôde apresentar a sua defesa, até o esgotamento dos recursos.

- Essa é uma análise inicial diante dos argumentos e fatos apresentados e a comissão verificou que há indícios. Digamos que saímos de um montante de milhares de casos de todo o continente, passamos por uma peneira e fomos para um rol de poucos casos - explicou a advogada e representante das vítimas da Kiss na comissão da OEA, Tâmara Biolo Soares.

A partir de agora, a representação das vítimas poderá, novamente, se pronunciar e apresentar as suas denúncias, a União poderá novamente se defender e a comissão analisará sobre o mérito da responsabilidade. Segundo Tâmara, não há expectativa de quanto tempo esse processo irá transcorrer, podendo levar anos até o resultado final.

Caso a CIDH admita que há responsabilidade, a OEA dará obrigações à União, como reparação de danos, indenização das vítimas, pedido público de desculpas e, principalmente, sugestões de práticas para a prevenção de novos casos. _

Justiça suspende interrupção de obra

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deferiu ontem um efeito suspensivo à decisão judicial que havia interrompido liminarmente as obras do sistema de esgoto tratado entre Xangri-lá e o ponto de descarte no Rio Tramandaí. Com isso, as obras serão retomadas, de acordo com a Corsan, a partir de amanhã. 

Pautas do RS para o CFM

Os novos representantes do RS no Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Sparta e Gerson Junqueira Júnior, assumem em 1º de outubro. Entre as pautas que defenderão, o aumento de valores para bancar cursos gratuitos, cumprimento dos critérios do MEC para a novos cursos de Medicina e uma sede do CFM em Porto Alegre. 

INFORME ESPECIAL

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