03 DE MAIO DE 2018
ARTIGOS
MAIO AMARELO, NÓS SOMOS O TRÂNSITO
Para quem trabalha diariamente na mobilidade urbana, não existe nada mais triste do que alguém morrer em razão de um acidente. Imaginem, então, a tristeza dos familiares das vítimas. No Brasil, são mais de 40 mil mortes a cada ano, uma verdadeira guerra; tragédias que poderiam ter sido evitadas, pois a maioria dos acidentes acontece em função de momentos de imprudência, entre eles, excesso de velocidade, desrespeito à sinalização, uso de álcool e drogas, entre outros. Atitudes inadequadas, de condutores e também de pedestres, como apontam os levantamentos do Programa Vida no Trânsito (SMS/EPTC).
Como mudar essa triste rea- lidade? É uma pergunta que se impõe. A obrigatoriedade de uma saída para quem se importa com a preservação da vida, a minha e a do próximo. Na nossa opinião, é necessário um despertar da sociedade no sentido de saber compartilhar espaços. Na consciência de que todos somos importantes e únicos. Mas, em direitos e deveres, absolutamente iguais diante da sociedade. A arte de transitar representa, também, ter paciência em saber ceder.
Tudo isso passa por uma mudança de cultura, melhorando as relações entre as pessoas no trânsito. Não posso ser ótimo pai, mãe, amigo, amiga, irmão e irmã, colega de trabalho, mas um motorista egoísta, que se preocupa somente com o seu deslocamento e suas necessidades. O contexto da mobilidade exige permanentes atividades educativas, envolvendo o conjunto de atores da comunidade, uma fiscalização presente, transparente e atuante, sempre com atitudes baseadas nas leis do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em ações diversas de engenharia de tráfego.
Devemos fazer o certo não porque estamos sendo fiscalizados, mas pelo simples fato de que é o melhor para todos, igualmente envolvidos na missão por um trânsito mais seguro, em salvar vidas.
Diretor-presidente da EPTC eptc@eptc.prefpoa.com.br - MARCELO SOLETTI