segunda-feira, 30 de janeiro de 2017



30 de janeiro de 2017 | N° 18755
PORTO ALEGRE

Tumulto por fechamento dos portões em concurso do MP

Uma confusão relacionada ao horário de fechamento dos portões causou tumulto no concurso para secretário de diligências realizado ontem pelo Ministério Público Estadual (MP-RS). Pelo menos 120 candidatos que fariam a prova objetiva na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) não puderam acessar os prédios da universidade.

A divergência não foi sobre o horário do fechamento dos portões – definido para 8h45min no edital do certame – mas sobre a quais portões o texto se referia exatamente. Acreditando que tratavam-se das entradas principais do campus, e não das entradas de cada um dos prédios, dezenas de candidatos ficaram no pátio da PUCRS aguardando chamamento e acabaram impedidos de realizar a prova. Indignados, muitos tentaram entrar à força e acabaram sendo detidos por seguranças. O salário inicial da vaga é de R$ 4,3 mil.

EXCLUÍDOS REGISTRARAM BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Os concurseiros reclamam também que portões dos prédios foram fechados com vários minutos de diferença, prejudicando alguns candidatos e favorecendo outros.

– Fecharam as portas do prédio 50 depois das 8h45min, 8h42min eu estava no 2° andar do prédio 50 e uma fiscal deste andar me informou que fechariam a porta um pouco depois do horário, por que haviam aberto um pouco mais tarde do que o previsto. O horário da sirene da faculdade tocou com mais de um minuto de atraso em relação ao horário de Brasília, mas as portas do prédio 11 fecharam as 8h45min sem aviso prévio – conta o candidato Almir Martins.

Os participantes excluídos registraram um boletim de ocorrência (BO) sobre o ocorrido. Após duas horas de espera, foram recebidos pela banca do concurso que fez uma ata relatando os fatos, mas não deu garantias sobre a realização de uma nova prova.

– Estamos nos organizando para recorrer – afirma Ana Clara Vieira Bertaco, outra das candidatas impedidas de fazer a prova.

Por meio da assessoria de imprensa, a comissão do MP responsável pelo concurso reitera que o edital traz de forma clara que os participantes devem estar no local de prova no horário estabelecido e que eventuais reclamações serão analisadas em expediente interno.