14 DE SETEMBRO DE 2017
ECONOMIA
O que esperar para o restante do ano
Apesar do avanço de 2,1% no primeiro semestre, o resultado fechado de 2017 deve ser menor do que o do ano passado, ressalta o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha. A maior contribuição da agropecuária já passou. O terceiro trimestre é quando a indústria tem o maior peso no resultado. No quarto, é a maior participação do comércio.
- Vai depender da indústria e dos serviços para sabermos se vamos ficar mais ou menos perto dos 2% - avalia Rocha.
Para o restante do ano, contam a favor um ambiente político que pode não estar tão carregado quanto no segundo trimestre, além da manutenção de fatores como estabilização e pequena queda das taxas de desemprego, corte de juros e inflação baixa, o que deixa mais renda disponível para a população consumir. Notícias como o retorno do terceiro turno da unidade da GM em Gravataí (leia ao lado) também são sinalizações positivas.
Para o comércio, as perspectivas são consideradas melhores pela manutenção dos fatores que ajudaram no segundo semestre - à exceção da liberação do FGTS de contas inativas - e também pela baixa base de comparação, destaca a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patricia Palermo, que ressalta a recuperação da renda
- A massa real de rendimentos no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2016 cresceu 3,25% - destaca.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-RS), Ricardo Sessegolo, avalia que, no setor, apesar da percepção de que o fundo do poço passou, reação mais expressiva deve ocorrer somente a partir do ano que vem.
- As empresas estão preparando muitos lançamentos para 2018 e 2019 - avisa Sessegolo.