Jaime Cimenti
Detalhe da capa do livro sobre os Rolling Stones
REPRODUÇÃO/JC The Beatles é a banda mais importante, melhor e mais criativa que já pintou. Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band é o CD mais interessante da história do rock. Mas não dá para negar que os Rolling Stones é a maior banda de rock da história. Em longevidade, shows, impacto e tudo mais a banda originada do encontro predestinado de Mick Jagger com Keith Richards é a maior.
Acaba de ser publicada a biografia O sol & a lua & os Rolling Stones (Zahar, 392 páginas, tradução de Marcelo Schild Arlin), do consagrado jornalista e escritor norte-americano Rich Cohen. Autor dos best-sellers do New York Times Tough Jews e The Avengers, Cohen colabora com as revistas Vanity Fair e Rolling Stone e já escreveu para a The New Yorker, The Atlantic e Harper's Magazine, entre outros. Ganhou os prêmios Great Lakes Book, Chicago Public Librarys 21st Century e Ascap Deems Taylor.
Tudo começou no encontro de Jagger e Richards numa plataforma de trem em 1961 e veio o convívio por décadas. Cohen dá atenção especial ao período de ouro dos Stones, o dos álbuns Beggar's Banquet (1968) e Exile on Main Street (1972), o auge de sua força criativa. Desculpando o lugar-comum, o livro é desses que dá vontade de ler ouvindo as canções. Cohen, jornalista apaixonado que criou a série Vinyl, circulou muito com os Stones, especialmente em 1994 com a turnê do grupo pelos Estados Unidos e traz os altos e baixos da banda. Suas entrevistas mostram novas faces do fenômeno.
São momentos em que os integrantes dos Stones criaram não só canções, mas revolucionaram os costumes e se tornaram símbolos de aspectos de nossa cultura. Cohen mostra como os talentosos músicos formados no blues, para ele os mais inovadores de sua geração, enfrentaram os altos e baixos de uma carreira de mais de cinquenta anos e, com um realismo que os Stones não gostam, revela os bastidores deles.
"Diga-me você. Eu não sei. Como é viver em mundo no qual os Stones sempre existiram? Para você, sempre houve o sol e a lua e os Rolling Stones" - palavras de Keith Richard que estão na epígrafe. Segundo o San Francisco Chronicle, a obra é da lista seleta de livros que realmente valem a pena sobre os Stones. O volume tem fotos em preto e branco, farta bibliografia, lista de entrevistas e índice.
É obra referencial para os fãs dos Stones e para os que querem saber sobre a maior banda de rock da história, que ainda agita as massas por aí. lançamentos Cabeças - Relicário do Pensamento (Editora AGE, 126 páginas) traz fotos de Fernanda Zago e textos de André Venzon, Caé Braga, Paulo Amaral, Paulo Flávio Ledur, Paulo Silvestre Ledur, Rualdo Menegat e Vinicius Vieira sobre o grande escultor alemão João Otto Klepzig, que veio para o Brasil com 10 anos e construiu longa e bela carreira nas artes plásticas, com esculturas em bronze e terracota, principalmente.
A obra é o catálogo da exposição de João no Margs, até dia 24/09/2017. Histórias de vento, mar e amor (Concha, 104 páginas), coletânea de contos organizada pela professora e escritora Joselma Noal, traz trabalhos dos alunos de sua oficina literária: Alison Guedes Altmayer; Eliane Macedo; José Antonio Altmayer, K.V. França; Marcela Wanglon Richter, Murilo Sedrez, Paula Canabarro e Tomás Mendes sobre vento, mar e amor.
Voz própria e forma e conteúdo bem tralhados estão na obra, junto com poesia, humor e ironia. Treze (Samba, 166 páginas), com textos da caxiense Jéssica De Carli, Luiz Carlos Ponzi e Rodrigo Lopes, é um belo livro, com cuidadosa edição encadernada, com lindas fotos em cores, sobre o lendário Bar Treze, que há 50 anos faz parte da história de Caxias do Sul.
Há textos de Marco Verdi, Pedro Horn Sehbe, Giulia SantAnna, Matheus Chemello, Nivaldo Pereira e Mara de Carli dos Santos sobre boemia, gastronomia e outros tópicos do mágico Bar Treze. San Francisco - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/09/colunas/livros/585147-a-maior-banda-de-rock.html)