quarta-feira, 20 de outubro de 2021


20 DE OUTUBRO DE 2021
POLÍTICA EXTERNA

EUA deixam Brasil fora de roteiro diplomático

Ao embarcar para Quito, no Equador, ontem, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, dá andamento ao que o governo do presidente Joe Biden estabeleceu como política de "não atrito" na relação com o Brasil. A ideia é não "esticar a corda" com a base democrata, que rejeita aproximação com o governo Jair Bolsonaro, e evitar situações que possam levantar divergências com Brasília, atual­mente sob liderança de um governo distante da atual Casa Branca em muitos assuntos.

Em sua primeira viagem para a América do Sul, nesta semana, Blinken irá ao Equador e à Colômbia, mas deixou de fora o maior país da região, o Brasil. O governo americano considera que o Brasil já recebeu uma viagem de alto nível em agosto, com a visita de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional.

Mas não incluir o país no roteiro dá sequência à estratégia americana de manter distanciamento estratégico e discreto de Brasília. São publicamente conhecidas as diferenças entre a política de Bolsonaro, declarado fã do republicano Donald Trump, e a de Biden. Por isso, a dinâmica tem sido a de manter contato diplomático, discreto, em nível ministerial, sem canal aberto entre os presidentes.

Os Estados Unidos estão sem embaixador no Brasil desde a aposentadoria de Todd Chapman em julho.

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