21 DE NOVEMBRO DE 2017
+ ECONOMIA
REAÇÃO EM TRÂNSITO É LENTA, MAS AVANÇA
Como previram economistas otimistas, porém cautelosos, a reação avança a passos muito lentos. Seria exasperante, se a comparação recente não fosse com indicadores que, até há poucos meses, só caíam. Dois dados dessa retomada foram apresentados ontem. Pela manhã, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou crescimento de 0,4% em setembro, na comparação com agosto. O resultado fez o trimestre fechar com alta de 0,58%. Assim, são três trimestres de leve avanço conforme o termômetro da instituição.
É pouco? É. Mas isso não ocorria desde 2013, o último ano que não foi assombrado pelo fantasma da estagnação ou da recessão. O dado também referenda a avaliação do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) de que a recessão terminou, oficialmente, no último trimestre de 2016. É claro, parar de cair não é suficiente.
Isso é verdade, especialmente, no indicador mais vida real da crise brasileira, também anunciado ontem, no final da tarde. O saldo de 76,6 mil vagas em setembro é o sétimo positivo consecutivo. Ao contrário dos cortes, que foram rápidos até por resultar de muita espera por uma reação que nunca chegava, a restauração dos postos de trabalho também avança na velocidade do trânsito engarrafado.
Com muita lentidão, mas avança. Assim como o nível de atividade, o registro de trabalhadores com carteira assinada teve o melhor mês desde 2013, também reforçando a constatação de que o pior ficou para trás. O conjunto das evidências permite constatar que o pior ficou, mesmo, para trás. Mas não é hora de descuidar da resiliência: além da baixa velocidade, a única possível depois do desastre, o país será duramente testado ao longo do próximo ano, como o mercado já sinaliza.
A ambição não é pequena: evocar a Hofbräuhaus, conhecida como HB, ponto obrigatório de Munique. A casa fundada em 1589 pelo duque William V da Baviera tornou-se um restaurante popular, que abriga consumidores de todo o mundo. Essa foi a inspiração para a criação da cervejaria Rasen Platz, na Rua Coberta de Gramado.
Com investimento de R$ 15 milhões da Rasen Bier e Gramado Parks, vai gerar 90 empregos diretos. Serão 2 mil metros quadrados e capacidade para atender 590 pessoas sentadas. Oferecerá cinco tipos de Rasen Bier, primeira fabricante de cerveja em Gramado, com cardápio de Eduardo Natalício. O prédio pode não ter a idade da HB, mas procura replicar também a imponência: pé direito de 12 metros e porta com sete metros de altura. Em frente, haverá um chafariz de cerveja. O serviço será feito por atendentes com trajes típicos alemães.
A cervejaria começa a funcionar agora, em dezembro. Em abril de 2018, em área contígua, abre o Parque da Cerveja, que contará a a história da bebida, com cursos para apreciadores. O músico gaúcho Sady Homrich, do Nenhum de Nós, está auxiliando na concepção do projeto. MUNIQUE SERÁ AQUI?
MARTA SFREDO