segunda-feira, 27 de setembro de 2021


27 DE SETEMBRO DE 2021
INFORME ESPECIAL

Popularizando a ciência

Poucas vezes se falou tanto sobre ciência no Brasil. Mas ainda há muita informação a ser levada para o público, despertando maior interesse sobre o tema e tentando mostrar como os resultados de pesquisas realizadas são aplicados na vida real. Esta é uma lacuna que a CincoLinha Jr., empresa de biotecnologia sem fins lucrativos integrada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), quer ajudar a preencher.

A empresa criou um novo setor, chamado de CincoLinha Educa. A ideia é popularizar a ciência gerada pela universidade, prestar contas à sociedade e também incentivar que mais jovens possam trilhar este caminho. Uma das intenções é criar materiais didáticos que serão apresentados para escolas públicas e privadas. Já existem mais de 50 colégios contatados. O público-alvo está tanto no Ensino Médio quanto no Fundamental. Astrobiologia e biotecnologia serão as primeiras áreas a serem levadas pelos alunos de graduação da UFRGS aos estudantes das escolas.

- Ainda existe um grande déficit de conhecimento sobre ciência aplicada. Queremos também incitar a curiosidade em aprender ciência - diz Náthali da Silva Paiva, presidente da CincoLinha Jr.

Educação e meio ambiente

Criado com a intenção de conscientizar crianças e adolescentes sobre o processo de reciclagem e separação correta de embalagens que antes virariam lixo, o programa Recicle Bem, Faça o Bem está recrutando instituições de ensino e municípios interessados em fazer parte da iniciativa. O programa, pioneiro no país e idealizado na cidade de Mormaço, troca embalagens recicláveis por uniformes sustentáveis. Interessados em participar podem buscar informações pelo e-mail: contato@reciclebem.com.br

O impasse que afeta o transporte por aplicativos

A alta dos combustíveis pressiona os custos dos motoristas de aplicativos, que reclamam de muitas vezes fazerem viagens com prejuízos. O resultado tem sido um grande número de cancelamentos de pedidos de corridas de usuários. A Uber, maior empresa do setor, anunciou recentemente reajustes para os parceiros, mas a presidente do Sindicato dos Motoristas de Transporte Privado Individual de Passageiros por Aplicativos do Rio Grande do Sul, (Simtrapli-RS), Carina Trindade, sustenta que este aumento da remuneração não foi sentido em Porto Alegre.

- Tem muita corrida que não vale a pena fazer pela quilometragem até pegar o passageiro - sustenta Carla, justificando os cancelamentos.

A Uber afirma que o reajuste foi válido para a Capital. Mas não revela o percentual.

O impasse levou a plataforma a descredenciar motoristas que teriam sido muito reincidentes no cancelamento de corridas. A entidade não tem números exatos, mas fala em até 500 casos em Porto Alegre. A empresa divulga que foram cerca de 1,6 mil banimentos em todo o país. E que o número citado pelo sindicato não seria verdadeiro. "Cancelamentos excessivos ou para fins de fraude representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas", diz a Uber, em nota.

O sindicato reclama ainda da mudança na fórmula de remuneração dos motoristas. Antes era por quilômetro rodado e agora, diz a presidente da entidade, é por uma metodologia que não dá segurança aos motoristas sobre o quanto vão ganhar. Segundo a Uber, são levados em consideração tempo de viagem, distância e o quanto a rota é usual. Um trajeto mais incomum, exemplifica, resultaria em pagamento maior. A alteração de fórmula não foi válida para todas as cidades do país.

O Simtrapli-RS afirma que está tentando uma negociação nesta semana, com a mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT4) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Tanto para reintegrar os motoristas descredenciados quanto para tratar da questão da remuneração, que também é uma reivindicação direcionada a outras plataformas. De acordo ainda com o sindicato, o aumento de custos tem feito motoristas que trabalhavam com carros alugados desistirem da atividade. Os que têm veículo próprio estariam acelerando a migração para o GNV.

CAIO CIGANA INTERINO

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