12 DE OUTUBRO DE 2021
+ ECONOMIA
Uma nova proposta para o saneamento
Contrários a atual proposta do governo do Estado para a regionalização do saneamento, um grupo de entidades - Fórum Gaúcho de Comitês de Bacias Hidrográficas (FGCBH), Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RS) e Associação dos Municípios do Vale do Sinos (Amvars) - protocolou uma alternativa para o tema. O estudo e a formatação sugerida pelas entidades foram apresentados ao grupo de trabalho sobre regionalização do saneamento básico, criado pelo presidente da Assembleia Legislativa (AL), Gabriel Souza (MDB), no final de setembro.
Pela proposição, cada uma das três regiões hidrográficas do Rio Grande do Sul (Uruguai, Guaíba e Litorânea) seria transformada em Unidade Regional de Saneamento Básico (URSB). Assim, os municípios também poderiam formar agrupamentos em subunidades com base em estudos e critérios de sustentabilidade econômica-financeira que assegurem o atendimento de todas as disposições da nova Lei do Saneamento Básico. Este processo deve ocorrer até 31 de dezembro de 2021, conforme estipulado pela Assembleia.
O presidente do Senge-RS, Cezar Henrique Ferreira, explica que, na regionalização, a divisão do Estado precisa ser realizada considerando o grupo de cidades como um todo. Segundo ele, a população e as cidades necessitam ter relevância no debate. Isso está ligado, afirma, à otimização das estruturas necessárias.
- A regionalização deve ser constituída para viabilizar a universalização, principalmente, o saneamento e a sua prestação de serviço com um elevado padrão de qualidade e preços baixos para a população - defende.
Já o coordenador-geral do Fórum Gaúcho de Comitês de Bacias Hidrográficas, Júlio Salecker, comenta que a proposta de transformar as três regiões hidrográficas em URSBs tem sentido técnico.
- A água corre nas bacias. O movimento, a dinâmica da água, se dá nas bacias hidrográficas. A natureza da água, dos mananciais, não respeita divisas políticas e administrativas. Assim, os planos de bacias precisam ser respeitados - resume.
Construtora familiar há 40 anos
Com atuação em Porto Alegre, a construtora e incorporadora familiar GC Engenharia acaba de completar 40 anos de atividade no mercado. Desde a sua fundação, já executou mais de 50 empreendimentos na cidade.
Com foco em projetos imobiliários no segmento alto padrão, a GC acaba de entregar dois prédios exclusivos, um deles na Rua Jaraguá, em frente à praça da Encol, e o outro na Rua Pedro Weigartner, ao lado do Parcão. Atualmente, está executando as obras de um condomínio horizontal com 40 casas e prepara dois lançamentos para o próximo ano, nos bairros Três Figueiras e Petrópolis. Fundada em 1981 pelo seu sócio e diretor Paulo Vanzetto Garcia, além de fazer as incorporações, construía bancos e postos de gasolina nos Estados do Rio Grande Sul e de Santa Catarina. Já nos anos 2000, foi precursora de um produto de nicho em Porto Alegre em edifícios de alto padrão.
A empresa familiar tem no seu quadro societário os filhos de Paulo, Rafael e Fernanda Garcia, que entraram em 2010 e 2014, respectivamente. Rafael é o diretor de incorporação, responsável por novos negócios e comercial, enquanto Fernanda é a engenheira à frente do planejamento e do controle dos novos projetos.
Asfalto morno
Líder mundial em química do asfalto, a multinacional Ingevity quer que as emissões e o calor, típicos de obras de asfaltamento no Brasil, virem cenas do passado - começando por Porto Alegre. A partir da capital gaúcha, a empresa introduz no Brasil o produto que viabiliza o chamado asfalto morno, usado em várias partes do mundo. A temperatura mais baixa exige menos energia, reduz emissões, melhora as condições para as equipes de trabalho e muitas vezes reduz o custo da operação.
Porto Alegre é a primeira capital brasileira a adotar o Evotherm, produto da Ingevity que é o mais vendido no mundo para a produção do asfalto morno. Nos Estados Unidos e na Europa, a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido, enquanto no Brasil a fatia é de 2%.
- É uma tecnologia que entrega ganhos em várias frentes. A partir de Porto Alegre, entendemos que o potencial para crescer em todo o Brasil é significativo - afirma o gerente de negócios da Ingevity, Hernando Macedo.
As inovadoras do Estado
A gaúcha eSales é uma das empresas mais inovadoras e líderes de negócios no RS, segundo a revista online britânica Daily Finance, especializada em pautas sobre o mercado financeiro. Com atuação nacional e sedes em Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Goiânia, a eSales desenvolve softwares de integração que englobam soluções logísticas, financeiras, de file transfer, analytics, documentos fiscais e comércio exterior.
Recentemente, reforçou times de desenvolvimento, UX, produtos e marketing. As ferramentas já são homologadas com mais de 40 instituições financeiras no Brasil e atendem a 2,8 mil clientes, que se conectam com a eSales para a integração bancária. A lista inclui companhias de telefonia e calçadistas, entre outras.
R$ 5,51
Foi o valor do dólar em reais no fechamento da bolsa de ontem. É o maior patamar desde 20 abril, quando a moeda norte-americana chegou a R$ 5,54. Analistas explicam que a variação de 0,54% é fruto da baixa liquidez, em razão da véspera de feriado no Brasil e do Columbus Day (feriado nacional) nos Estados Unidos .
A startup Beemob, que oferece serviços do mercado imobiliário, fechou parceria com a finlandesa CubiCasa. Agora, os profissionais do setor ligados à Beemob podem contratar o serviço, que permite ao usuário digitalizar a planta baixa de um imóvel em menos de cinco minutos.
RS lidera as exportações de calçados
As exportações de calçados seguem em alta. Dados da Associação Brasileira das Indústrias Calçadistas (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e setembro, foram embarcados 86,2 milhões de pares. A movimentação gerou US$ 618,45 milhões e garantiu altas de 33,7% no volume e de 26,3% nas receitas, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Outra boa notícia é que o Rio Grande do Sul continua líder no segmento e respondeu por 44% do total gerado com as vendas externas. Entre janeiro e setembro, as fábricas gaúchas embarcaram 22 milhões de pares, o que equivale a US$ 272,24 milhões. O desempenho é fruto de elevações de 41% no volume e de 22,5% nas receitas.
Em todo o país, quando comparados com os níveis pré-pandemia, em 2019, os resultados ficaram 1% acima em quantidade de pares, mas 15,7% abaixo em receita. Segundo a Abicalçados, com a alta do dólar, os calçadistas conseguem formar preços mais competitivos e ganham rentabilidade em reais.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o mercado externo, especialmente os Estados Unidos, tem puxado a recuperação da indústria.
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