quarta-feira, 14 de agosto de 2024


14 de Agosto de 2024
GPS DA ECONOMIA - Rafael Vigna

GPS da Economia

Em meio a definições, será que vem imposto por aí? O presidente do Banco Central (BC) reforçou, ontem, em viva voz, o que a ata do Copom já dizia. Roberto Campos Neto esteve na Câmara, onde também comentou outros temas: da independência da instituição ao fluxo de crédito no país. Em sua avaliação, o juro (hoje em 10,50% ao ano) não é proibitivo como dizem integrantes do governo federal e empresários.

Ele argumenta: o atual patamar é necessário para evitar a desvalorização cambial, o que, por consequência, poderia ser traduzido em pressão inflacionária, sobretudo, em alimentos e combustíveis. E isso ninguém quer.

Campos Neto é didático ao afirmar que são "as reformas que passam percepção de melhora fiscal, que abrem espaço para um juro menor". E acrescenta: "a impressão de contas públicas desorganizadas dificulta a convergência da inflação".

Significa que a solução é manter o arcabouço fiscal. Mas, como é que se sustenta a fome do Congresso por abocanhar cada vez mais recursos orçamentários, via emenda parlamentar, desonerações setoriais aqui e acolá, políticas públicas, programas sociais, e os frequentes arroubos de populismo que não raro escancaram as portas do cofre federal? Sem novas receitas será inviável.

Basta olhar para o montante da arrecadação federal até julho, que somou R$ 1,298 trilhão, e perceber que já não dá para espremer as mesmas fontes. Trata-se do melhor resultado desde 1995 (grife-se: o primeiro ano do Plano Real) obtido com uma alta real (já descontada a inflação) de 11,02% sobre igual período de 2023.

No Senado, a promessa de votação da desoneração da folha de pagamentos e dos novos critérios para cobrar a dívida dos Estados, hoje, pode desafogar entes federados e empresas, mas comprometer o fluxo de caixa do governo federal.

Na Câmara, prossegue o esquartejamento da reforma tributária, no momento em que é preciso definir alíquotas que, se não contemplarem os setores de maior poder de barganha, não passarão. Restam ao governo, já que não cortará gastos, duas alternativas: rever incentivos concedidos ou elevar a carga de impostos. A decisão deverá considerar aquela que demandar um menor custo político. Alguém arrisca um palpite? _

Por falar em arrecadação, a do RS recebeu a promessa de compensação, ontem, em Brasília. De acordo com o governador Eduardo Leite, a União também teria se comprometido com o pagamento de R$ 1 bilhão em precatórios federais.

Meta de ajuda às indústrias alcançada. Inadimplência de empresas em queda

Pouco mais de um mês após o início das ações, pelo menos 94 empresas do setor industrial do Rio Grande do Sul que foram diretamente atingidas pelas enchentes de maio já estão sob cuidados do programa Recupera Indústria RS.

A meta inicial estabelecida por Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Federação da Indústria do Estado (Fiergs), Senai-RS, parceiros e incentivadores da ação era de atender, no período de um ano, no mínimo cem empresas, com até R$ 85 mil em recurso para cada, o que será atingido. _

Ainda conforme Frank, a manutenção da trajetória depende de dois fatores: medidas que garantam o emprego (após o fechamento de 22 mil vagas em maio e 8,5 mil em junho) e destravem o fluxo de crédito. _

Que falta faz o turismo

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