quinta-feira, 29 de agosto de 2024


 

INFORME ESPECIAL-Rodrigo Lopes

A fumaça vai chegar ao RS?

Cidades no norte, centro-oeste e sudeste brasileiro têm sofrido nos últimos dias com incêndios e fumaça densa e carregada encobrindo o céu. As imagens chamam a atenção. As principais causas são a forte seca, queimadas - muitas até por ação humana - e, claro, das mudanças climáticas que nos trazem eventos extremos.

Mas qual a chance dessa fumaça chegar ao RS? O repórter Vitor Netto conversou com o professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS Pedro Maria de Abreu Ferreira.

- Possível é. Dá para dizer que sim. Por que inclusive tem histórico, em 2020 e em 2022 também, já aconteceu de chegar a fumaça de incêndios dessa região e de outras também - afirma o professor.

Ferreira explica que o grau de intensidade da fumaça que pode chegar ao RS ainda não é possível de prever, já que depende de fatores climáticos.

- É importante falar que é bem possível (a chegada da fumaça), porque existe um corredor de circulação atmosférica que é comum. Isso é parte que traz a massa de ar que está lá na Amazônia na nossa direção. E, inclusive, esse movimento atmosférico é responsável por uma coisa bem importante, que é a chuva. Esse movimento natural move os chamados rios aéreos daquela região, trazendo ar úmido para o centro-oeste e aqui para o sul do Brasil.

Ele pondera que essa circulação atmosférica é chamada de Massa Equatorial Continental, que vem do Norte para o Sul. O movimento contrário seria a Massa Polar Atlântica, que inclusive leva o frio para o restante do país.

- A ideia é que a circulação atmosférica não é tão simples assim, pois envolve variações, então fica bem difícil de prever se vai vir ou não para o nosso sentido. Mas a configuração atual climática que se tem pode favorecer a vinda - comenta.

Setembro costuma ser conhecido como um mês chuvoso para o RS, como visto nos grandes índices no Vale do Taquari no ano passado. Diante da chuva e a chegada dessa massa de fumaça, apresenta-se um novo cenário.

- Em princípio, quando se tem essa configuração de fumaça vindo de outros lugares mais distantes e um volume de chuva, talvez o resultado final seja precipitar essa fumaça também. Se a massa de ar chegasse em uma época muito fria e seca, seria bem ruim, do ponto de vista de doenças respiratórias, de qualidade do ar. Se ela chegar aqui quando já tiver um pouco de chuva, seria menos pior, digamos assim - diz.

Caso realmente chegue a fumaça, explica o professor, a intensidade deve ser em menor escala.

- Se chegar, provavelmente vai ser num grau bem menor. O que vamos ter, muito provavelmente, é um problema maior dessa questão de ter o sol meio apagado pela fumaça. E talvez um eventual problema de saúde.

A neblina cinza vista em Porto Alegre nas últimas semanas pode ter relação com fumaça oriunda de queimadas do Centro, Norte e até de fora do país. 

O esforço de Israel

O dado se destaca porque revela que o esforço pelo resgate, por parte de Israel, não diferencia judeus e não judeus. Mas o fato de serem cidadãos israelenses. Há outros árabes-israelenses mantidos como reféns.

Alkadi é o oitavo refém a ser resgatado vivo em Gaza pelos militares israelenses desde o início da guerra, em quatro operações distintas - mas é o primeiro a ser resgatado vivo de dentro dos terríveis túneis do Hamas.

Há ainda 108 reféns, segundo o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos (Hostages and Missing Families Forum). Desses, o governo israelense acredita que cerca de 40 devem estar mortos - os corpos permanecem em Gaza. Ou seja, segundo essa hipótese, cerca de 70 ainda estariam vivos.

O ex-refém vive na comunidade beduína de Rahat, no sul de Israel. É casado com duas mulheres, conforme permitido pela fé islâmica, e tem 11 filhos. No trágico 7 de outubro, ele trabalhava como segurança no kibbutz Magen. _

Tecnologia no agro

A 47ª Expointer é uma chance para conhecer o que há de mais moderno em termos de tecnologia no agronegócio. A irrigação é um dos setores onde essa tecnologia já é aplicada.

Um exemplo: a IA utiliza a análise da temperatura das folhas para identificar a necessidade de água na lavoura. Esse conhecimento fica explícito na relação entre academia e empresas, e como a IA pode contribuir para a sucessão na gestão dos empreendimentos. _

Biometano e futuro

No Campo em Debate de hoje, o titular da coluna vai mediar o painel "Biometano e os Rumos da Transição Energética no RS". O encontro será às 14h na Casa RBS na Expointer, em Esteio.

O evento é uma realização da Sulgás e uma iniciativa Pra cima, Rio Grande, do Grupo RBS. Participam representantes da Farsul, Agergs, Secretaria de Meio Ambiente do RS, Bioo, Sebigás Cótica e Sulgás. _

INFORME ESPECIAL

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