quarta-feira, 28 de agosto de 2024


28 de Agosto de 2024
CAMPO E LAVOURA - Gisele Loeblein

CAMPO e lavoura com Carolina Pastl

O efeito da catástrofe sobre a safra

Por mais que o solo não "fale" com a gente, nos dá sinais.

Maurício de Bortoli

Gerente técnico da Sementes Aurora e CEO da De Bortoli Consultoria Agronômica, ao falar sobre a atenção que o produtor tem de ter com o solo

O levantamento inicial da safra 2024/2025 apresentado pela Emater na Expointer aponta para um cenário de retomada depois de três safras consecutivas sob impacto dos efeitos climáticos - primeiro a estiagem e, por último, a cheia. A colheita de 35,07 milhões de toneladas representa avanço de 16,9% em relação ao ciclo passado. Há perspectiva de crescimento em todas as culturas de verão, com a soja podendo chegar a 21,65 milhões de toneladas, avanço de 18,6%.

Nessa perspectiva otimista há que se fazer algumas ponderações. Os números, como explica o diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, refletem uma tendência calculada a partir das produtividades médias dos últimos 10 anos. O que significa que ainda não carregam o impacto da catástrofe vivida neste ano no Estado:

A gente consegue projetar algo (dos efeitos) mais adiante, quando realizada a colheita.

Outro ponto a ser considerado é o de que as regiões de maior peso na produção gaúcha de grãos, embora afetadas, têm uma severidade de dano menor, em relação a outros locais, como a região dos vales.

O que não quer dizer que a próxima colheita passará incólume aos danos causados pela enxurrada. Um dos pontos de maior atenção é justamente o solo. Á água da cheia levou mais do que porções de terra e nutrientes: limitou o potencial produtivo das lavouras. Os resultados devem ser positivos, mas poderiam ter um alcance maior.

- O que essa catástrofe tem de diferente é que levou não só a produção, mas a capacidade produtiva - pontua Geomar Corassa, gerente de Pesquisa e Tecnologia da CCGL e coordenador da Rede Técnica Cooperativa (RTC).

A Reconstrução do Solo no Pós-Enchente no Rio Grande do Sul foi tema de debate na Casa da Cotribá, na Expointer. _

Lançada na Expointer, a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas já tem data para ocorrer em 2025. Será entre 18 e 20 de fevereiro, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão.

R$ 2,3870

é o valor de referência do leite a ser pago pela indústria ao produtor projetado em agosto. O número divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite) durante a Expointer é 0,05% maior do que o consolidado em julho.

Carne de búfalo conquista público

E a ideia deu "muito certo", contou a presidente da entidade, Desireé Möller:

- Em menos de uma hora, não tinha mais carne. Foi incrível.

Ainda que tenha chamado a atenção na feira, preparar churrascos da proteína a um grande público já faz parte do trabalho de divulgação da Ascribu. De acordo com Desireé, já foram assadas 18 carcaças: 15 no Estado, duas na Argentina e uma em Minas Gerais.

Na Expointer, os búfalos estão representados por 34 animais das raças murrah e mediterrânea. _

no radar

Hoje, a partir das 10h, a Casa RBS no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, recebe mais um Campo em Debate durante esta Expointer: o da Agricultura Familiar e as Mudanças Climáticas. A realização é da Fiat. Uma iniciativa Pra cima, Rio Grande.

CAMPO E LAVOURA

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