quarta-feira, 7 de novembro de 2018



07 DE NOVEMBRO DE 2018
+ ECONOMIA

NOS CANTOS DO COUNTRY

Começa a surgir o novo contorno de uma grande região da cidade. A negociação entre Porto Alegre Country Club, prefeitura da Capital e incorporadoras em torno do trânsito na Rua Anita Garibaldi se tornou uma espécie de corrida do ouro. Surgirão projetos imobiliários nos quatro cantos do Country. O clube tem 55 hectares (550 mil metros quadrados), mais de cinco vezes o tamanho do Parque da Redenção.

Interessado em ampliar receita e patrimônio, o clube negociou 21 mil metros quadrados, dos quais doou 6 mil e trocou 15 mil por índices construtivos (espécie de créditos para exceder limites definidos na regra geral).

O Country reservou quatro áreas, cujo tamanho corresponde a 5% do total, para permutas com incorporadoras. Uma, de 13 mil metros quadrados, está comprometida com a CFL para construção de cinco torres: uma corporativa, três residenciais e um hotel. A confirmação ainda depende de aprovação, na Câmara de Vereadores. Existe até uma candidata do Paraná, a Plaenge. Presidente do Country, Paulo Afonso Feijó incentiva a disputa:

- Vai ganhar quem der mais e fizer o projeto mais bonito.

A permuta será feita com área construída. O Country deve ficar com cerca de um quarto de cada um dos projetos, para vender ou alugar. Feijó diz não esperar controvérsias porque a área cedida é pequena e porque há previsão de contrapartidas que ajudarão na mobilidade urbana. Como houve polêmica, neste ano, por conta da intenção da prefeitura de cobrar IPTU dos clubes de Porto Alegre, Feijó adianta que, nas áreas permutadas, haverá pagamento do tributo. No terreno que segue com o clube, não quer nem ouvir falar em pagar IPTU:

- Queriam cobrar R$ 22 milhões para receita anual de R$ 6 milhões.

Feijó deixa a presidência do Country no final de dezembro para Francisco Nora, atual vice-presidente. Avalia que há consenso no clube de que esse é o limite para permutas no espaço:

- Com 5% da área, vamos gerar o equivalente a 33 anos de receita do clube.

Juliano Melnick, diretor da Melnick Even, avisa que a empresa está interessada nos outros três espaços ainda não comprometidos. Sua expectativa é de que todos os trâmites de liberação das áreas estejam encerrados em 2020.

Paulo Afonso Feijó, ex-presidente da Federasul, pretende ir à reunião marcada para amanhã para firmar posição contrária ao apoio da entidade à renovação da cobrança de alíquotas extras de ICMS. Segundo o empresário, é uma posição incompatível com os estatudos da Federasul. A Fiergs não é simpática à extensão de prazo.

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