20 de janeiro de 2014 |
N° 17679
PAULO SANT’ANA
Vergonha máxima
Eu fiquei cismando sobre a
cirurgia que fez nos seios minha filha Ana Paula, na semana passada.
Ela foi alvo da perícia do
cirurgião Paulo Amaral durante mais de quatro horas no Hospital Moinhos de
Vento.
Ela e eu saímos maravilhados com
a competência da equipe do doutor Paulo Amaral.
Além disso, fazia parte da equipe
o Dr. Denis Riccardi, cujos carinhos de cordialidade atingiram minha filha em
cheio, restando ela encantada com o tratamento recebido, tanto sob o aspecto
profissional e técnico quanto pela fidalguia que lhe dispensaram no pré e no
pós-operatório.
Este Paulo Amaral é um gigante da
cirurgia.
Além das monstruosidades
ocorridas no Presídio de Pedrinhas no Maranhão, além das acusações que membro
do Judiciário e integrantes do Ministério Público estão lançando sobre o
Presídio Central, afirmando que se maquiam ali mortes violentas e torturas
ocorridas entre os próprios presos, que como se sabe são os administradores da
própria cadeia, espantou-me ontem o número de presos que morrem de pneumonia e
tuberculose no nosso maior presídio gaúcho.
O levantamento ontem publicado em
Zero Hora transmite a ideia de que os presos que morrem por doenças são
atirados à própria sorte no Presídio Central, sem tratamento, quando deveriam
estar recolhidos a hospitais.
Ou seja, se morre ali tanto de
doença quanto de tortura e violências generalizadas.
Isso é uma vergonha para a
sociedade gaúcha, que não quer saber do que ocorre no Presídio Central.
O fato de os presos administrarem
a si próprios nas galerias do grande presídio é inacreditável. Imaginem o que
acontece lá de submissão, tortura, escravidão.
Imaginem as sevícias impostas
pelos que se erigem, apesar de serem detentos, como comandantes das celas e das
galerias.
Essa é sem dúvida a maior mancha
da sociedade brasileira e dos governos brasileiros, que não se importam com o
destino dos presidiários e dão de ombros com o que acontece lá na escuridão dos
cárceres, onde bichos dominam outros bichos, sob o silêncio das pessoas que
estão pelo lado de fora das grades.
Vergonha! Vergonha! Vergonha!
Vergonha! Vergonha! Vergonha! Vergonha!
Que nos envergonha a todos pelas
ações de muitos e pela omissão de todos nós.