quarta-feira, 19 de dezembro de 2018



19 DE DEZEMBRO DE 2018
ARTIGOS

Um balde de água fria

A declaração do futuro ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) de que só no segundo ano do governo de Jair Bolsonaro é que se terá mais clareza de como os Estados poderão ser ajudados pela União é péssima para o Rio Grande do Sul. Sem conseguir pagar nem os salários em dia, o governo gaúcho só respira porque tem uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite o não pagamento das parcelas da dívida com a União, sem sofrer sanções, como o bloqueio de repasses federais. 

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello é de agosto de 2017 e se manteve até hoje principalmente porque as tratativas para adesão ao regime de recuperação fiscal estavam ocorrendo. Em entrevista à repórter Nathalia Fruet, Onyx afirmou ainda que é possível que a lei que trata sobre o regime seja alterada. Ou seja, a possibilidade de um desfecho para a situação do Estado ainda em 2019 fica cada vez mais distante.

AS EXPLICAÇÕES DO MOTORISTA

Às vésperas da posse presidencial, Fabrício Queiroz - ex-funcionário de Flávio Bolsonaro - é esperado para depor hoje no Ministério Público sobre as movimentações financeiras em sua conta corrente, superiores a sua renda. Ontem, os deputados Flávio e Eduardo Bolsonaro voltaram a reafirmar que os fatos precisam ser esclarecidos. A grande questão é se o depoimento irá sepultar de vez uma incômoda história que caiu no colo da família Bolsonaro ou trazer mais constrangimentos para o futuro governo.

SINAL LIBERADO

Ao ser questionado sobre o bloqueio do sinal de celular em toda a Esplanada durante a posse de Bolsonaro, o ministro general Sérgio Etchegoyen (GSI) afirmou que isso nunca foi cogitado e brincou:

- Quem inventou a notícia é quem tem que explicá-la. Alguém imaginar que é possível, na Esplanada, bloquear celular, por favor, passe essa receita para o departamento penitenciário.

ALIADO

Ao apagar das luzes do governo, o presidente Michel Temer está ajudando os poucos aliados que sobraram. O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), foi indicado para uma diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Moura concorreu ao Senado, mas não conseguiu se eleger. A indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

SILVANA PIRES

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