20 DE DEZEMBRO DE 2018
SAÚDE MENTAL
Psiquiatra alerta para suicídios no fim do ano
SOLIDÃO E SENTIMENTO DE CULPA por não atingir metas levam pessoas a tirar a própria vida no período de Natal e Réveillon
Com a proximidade do fim do ano, é bastante comum que as pessoas parem, olhem para trás e façam um balanço dos dias que passaram. Essa atitude, inofensiva para uns, pode ser fatal para outros. Pesquisa realizada no México apontou os feriados, especialmente Natal e Ano-Novo, como as datas com maior frequência de suicídios.
Apesar de o estudo, publicado em 2016, ter apenas um recorte mexicano, essa tendência também parece ser uma realidade no Brasil, de acordo com o psiquiatra Rafael Moreno de Araújo, membro do Comitê de Prevenção do Suicídio da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.
- Na minha visão, parece ter uma maior crise no período. As secretarias regionais já orientam a tentar deixar os leitos de urgência como prioridade - conta o médico do Hospital São José (HSJ), de Arroio do Meio, instituição que integra a Rede de Saúde Divina Providência.
As hipóteses para esse tipo de comportamento vão muito além de um diagnóstico de doença mental. Solidão e sentimento de culpa por não ter atingido metas são causas frequentes do pensamento suicida.
- A pessoa se sente um peso, um incapaz quando não alcança as metas. Aí, junta com a desesperança, como o pensamento de "o ano que vem não vai ser diferente", e surge a ideia de morte. Se o indivíduo aproveitar o período para beber, isso só piora - completa.
Portanto, familiares e amigos devem ficar bastante atentos aos sinais que pessoas com ideias suicidas podem dar. Veja, ao lado, alguns indicativos do problema e como agir diante dessas situações.
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