quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019


13 DE FEVEREIRO DE 2019
+ ECONOMIA

BANDEIRA BRANCA

A política de preços da Petrobras que acelerou o repasse de variações na cotação internacional dos combustíveis para os preços no Brasil está provocando mudanças nos postos. Pressionados pela maior variação nos custos, que exige controle estrito das despesas, os revendedores estão deixando as redes mais tradicionais, como BR e Ipiranga. 

O resultado, por enquanto, é o crescimento dos chamados "bandeira branca", não associados a grandes distribuidoras. Conforme João Carlos Dal?Aqua, presidente do Sulpetro-RS, a média histórica da proporção dessas unidades independentes no Estado, que oscilava entre 20% e 30%, já alcança 50%.

- A transformação em bandeira branca se acentuou depois da nova política. Todos estão com problema de custo - afirma.

Ao aderir às marcas das distribuidoras, o posto se torna uma espécie de franquia. Em alguns casos, paga um percentual do faturamento à distribuidora, em outros até um valor fixo. Além disso, as redes de lojas de conveniência (BR Mania e am/pm) também exigem remuneração.

Segue tensa a conversa entre a Havan e sindicatos de comerciários de Santa Maria e Santa Cruz do Sul. A exigência de abrir sábados, domingos e feriados não foi bem recebida. Luciano Hang diz que já antecipou R$ 800 mil em aluguel de terreno em Santa Maria. Ontem, esteve em Rio Grande e Porto Alegre.

O Indicador de Inadimplência de CNDL e SPC Brasil desacelerou. A alta se limitou, em janeiro, a 2,42%. 

O que ainda assusta é o peso em determinadas faixas etárias. Entre os consumidores de 30 a 39 anos, metade está com contas em atraso.

marta.sfredo@zerohora.com.br gauchazh.com/martasfredo 3218-4701
MARTA SFREDO

Nenhum comentário:

Postar um comentário