quarta-feira, 26 de junho de 2024


26 DE JUNHO DE 2024
360 GRAUS

Chegou a hora de ouvir (e apoiar) a ciência

De lá para cá, testemunhamos mais duas grandes enchentes: a de novembro de 2023 e a de maio deste ano, considerada a maior catástrofe do gênero na nossa história. O Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul chega com atraso, mas chega - e é bem-vindo. Antes tarde do que tarde demais.

Tudo tem seu tempo, e o tempo de ouvir a ciência urge. Se o comitê tivesse sido criado naquela ocasião, talvez não fosse ouvido. Foi necessário um baque gigantesco para que muitos compreendessem, enfim, que os cientistas precisam ser escutados mais do que nunca, com a urgência que o momento demanda.

O comitê não terá superpoderes. Não vai alterar os rumos da história, nem mesmo terá forças para impor mudanças radicais, sabemos disso. Mas terá um papel fundamental: o de apontar caminhos e indicar por onde não devemos seguir.

Se vai dar certo e ter resultados práticos? Não sei. O que sei é que os pesquisadores que aceitaram o chamado, por convicção, dever e senso de responsabilidade, merecem nosso voto de confiança. _

Simone Stülp

Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia e coordenadora do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul. A seguir, os principais trechos da entrevista que fiz com Simone Stülp, sobre o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática.

A retomada no CTG que teve 400 troféus levados pela água

Como gaúcho que é gaúcho não se entrega, prendas e peões decidiram levantar a cabeça e enfrentar a crise. O trabalho começou com um mutirão de limpeza, com apoio da Corsan.

Além dos troféus, a água levou utensílios do bolicho e objetos do museu local. Até mesas e cadeiras pesadas foram arrastadas pela correnteza. Agora, é preciso recomeçar do zero.

- Não há de ser nada. Não vamos desistir, de jeito nenhum - diz Paulo Roberto da Silva Freitas, o Paulinho, patrão do CTG. 

JULIANA BUBLITZ

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