Hélio Faraco de Azevedo e os moços
Nesse mundinho aldeia globalizada, pós-moderno e vale-tudo, com seus habitantes voláteis, suas relações líquidas, verdades com vida igual a um palito de fósforo e escassez de referências, virtudes e líderes, vem em boa hora a obra 12 verdades incontestáveis (Exclamação, 88 páginas), do consagrado advogado, professor, consultor jurídico Hélio Faraco de Azevedo, que teve o privilégio de nascer em Alegrete, modéstia à parte.
Dr. Hélio já publicou várias obras: Aspectos jurídicos da fiscalização financeira; Expressões do tempo; Francamente e discursos; e é casado com dona Nara há 63 anos, tem cinco filhos, nove netos e um bisneto e já recebeu muitas honrarias da Câmara dos Vereadores, Iargs, OAB e TST, entre outras entidades. Foi professor universitário, consultor jurídico do governo do Estado e atuou no Tribunal de Contas do RS e no Tribunal de Arbitragem do Mercosul.
Na apresentação, o advogado e professor universitário André Jobim de Azevedo escreveu: "O que o autor pretende, com clareza, é mostrar aos jovens de forma convincente, um norte do qual não lhes venha arrependimentos". A doutora Sulamita Alves Cabral, no prefácio, registrou: "Temos a certeza que, em qualquer época, especialmente no conturbado momento que o país atravessa, a leitura desta obra e a profunda reflexão que impõe, certamente, contribuirá para o enriquecimento dos leitores, iluminando novos caminhos".
Com força , com base em muitas leituras e décadas de experiência profissional, "saber das experiências feito" e através de uma linguagem clara e fluente, Dr. Hélio fala de oportunidade e educação para o crescimento pessoal; necessidade de modelo exportador; estado menos empreguista e mais voltado ao bem público; a crise moral e o Judiciário; liberdade de imprensa, a mãe das outras liberdades; inadimplência do RS; prática da democracia; importância dos professores; o direito adquirido e exageros; eleições e cidadania para democracia verdadeira; combate à pobreza do mundo e a casualidade e a sorte.
Como se vê, e sem medo de opinar e se posicionar, o autor aborda temas relevantes de nosso tempo e do Brasil, e nos convida a pensar em novos rumos e atitudes, justamente num momento em que nosso Estado sofre sua maior crise econômica e no qual nosso País atravessa crises ética, moral, política e econômica de tamanho amazônico. Não é pouca coisa e estamos mesmo carentes de ideias e soluções para os problemões que estão aí nos desafiando e fazendo com que milhares de conterrâneos tenham buscado o caminho do exterior para viver e trabalhar.
É bom lembrar que crise, em um ideograma japonês, significa oportunidade. Não por acaso, na capa do livro está uma fotografia em cores de um farol de adequadas e campeãs cores vermelha e branca. O autor pretende que os moços, principalmente, sigam a luz dele e busquem a verdade. Vermelho vivo vencedor e branco da paz são, realmente, estimulantes. a propósito...
Vêm aí as eleições de 2018. Hora para refletir e buscar candidatos que se interessem mais pelo bem público do que por interesses privados. É examinar bem as fichas e escolher a dedo. Muitos estão pensando em votar em nomes novos, em quem não tem mandato ou que apresentem ficha limpíssima. Não é fácil, mas não é impossível. É só procurar bem.
No Brasil tudo é possível, até o passado é imprevisível. Quem sabe Deus, o Papa Francisco, Nossa Senhora Aparecida, a Irmã Dulce e o Padre Cícero ajudem a dar um jeito nessa terra que o Ivan Lessa, lá de Londres, chamava de Bananão, mas que nós, com certeza, preferimos chamar de nação brasileira, onde vivemos, trabalhamos, amamos e sonhamos. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/10/colunas/livros/588735-venturas-e-desventuras-dos-sovieticos.html)