terça-feira, 22 de abril de 2025


22 de Abril de 2025
GPS DA ECONOMIA - Anderson Aires

Trump dobra a aposta contra o Fed

Gigante da aviação renova esperança no setor de cargas

Não satisfeito com o ruído causado pelas recentes ameaças de interferência no Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o presidente Donald Trump dobrou a aposta e voltou a atacar o comandante da instituição, Jerome Powell, ontem. Essa nova investida estressou ainda mais o mercado.

As principais bolsas dos Estados Unidos engataram forte queda ao longo da segunda-feira após Trump chamar Powell de "senhor tarde demais" e reafirmar que o não corte de juro por parte do BC americano pode levar à desaceleração da economia.

Já Powell afirma que o tarifaço provocado pelo presidente dos Estados Unidos pode causar queda no emprego diante de menos atividade e aumento na inflação. Independentemente de quem tem mais razão nessa queda de braço, o mercado vê apenas um cenário concreto: freio na economia. E isso reflete no comportamento das bolsas.

Depois de quebrar a barreira dos 3%, o índice S&P 500 fechou o dia com recuo de 2,3%, enquanto o Nasdaq 100 caiu 2,5%. Já o Índice Dow Jones retraiu 2,4%. Além disso, o dólar perdeu competitividade ante outras moedas fortes no encerramento do dia.

O flerte de Trump com a demissão de Powell - algo que não pode fazer (até agora) no canetaço - parece ser um tiro pela culatra. Além de não facilitar as conversas com o Fed, passa um péssimo recado.

Afinal, colocar a independência de uma das principais instituições monetárias do mundo sob risco constantemente reaquece a tendência de inflação e juro alto por mais tempo.

Esse combo costuma desestimular ainda mais o investimento por parte das empresas e a atividade econômica. Tudo que Trump não quer como "legado" no seu segundo mandato, em que almeja reativar polos industriais nos EUA. _

Além de trazer 40 toneladas de maquinário de alta tecnologia para o ramo de semicondutores, o pouso do Boeing 747 400F, um dos maiores cargueiros do mundo, no aeroporto Salgado Filho, no domingo, renova a esperança de colocar a Capital na grande rota do transporte aéreo de cargas.

Essa expectativa ganhou força em 2022, com a extensão de pista para os atuais 3,2 mil metros. Resta saber como o setor vai se mobilizar para atrair as grandes empresas de logística do mundo para o maior terminal aéreo do Estado. 

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