
Prisão de Collor expõe contrastes da Lava-Jato
Você não precisa gostar de Fernando Collor para sentir um estranhamento diante de sua prisão, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes depois de se esgotarem todos os recursos no Supremo Tribunal Federal (STF). Quem acompanhou o impeachment de Collor em 1992 achava que havia razões para prendê-lo à época, mas ele só perdeu o mandato e os direitos políticos por oito anos.
O que intriga quem não está acostumado às filigranas da Justiça é ver Collor sendo preso enquanto outros condenados na Operação Lava-Jato estão livres, leves e soltos.
O Brasil está cansado de saber dos motivos que levaram o Supremo a anular as condenações do presidente Lula, que amargou uma temporada na cadeia em Curitiba, foi libertado, retomou a vida política e se elegeu para o terceiro mandato. Mais do que o conluio entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, o que levou à anulação foi a interpretação de que ele deveria ter sido processado na Justiça Federal de Brasília, e não em Curitiba.
Mais difícil de entender é a libertação de Sérgio Cabral, condenado a mais de 400 anos de prisão. De sua cobertura num dos bairros mais caros do Rio de Janeiro, Cabral debocha dos brasileiros comendo e bebendo do bom e do melhor.
E nós ainda temos na memória as imagens das joias compradas com dinheiro da corrupção, dos abusos praticados com o dinheiro do povo, do esbanjamento de sua esposa, de quem hoje está separado.
E os outros corruptos e corruptores identificados na Lava-Jato? Antonio Palocci, o delator que espera pela liberação do dinheiro para curtir a vida na Itália? José Dirceu, atuando nos bastidores? Marcelo Odebrecht e seu pai, Emilio? Leo Pinheiro? Uma releitura do livro A Organização, de Malu Gaspar, seria interessante neste momento para completar o listão.
Tecnicamente, Collor foi preso porque seu processo correu no foro adequado, teve todas as oportunidades para se defender e foi condenado em última instância. As leis não foram feitas para ser entendidas pelos mortais. _
Leite ignora apelos e troca Bia por Loureiro na Cultura
Os apelos da comunidade cultural pela manutenção de Beatriz Araújo na Secretaria da Cultura não foram suficientes para evitar a sua substituição pelo deputado Eduardo Loureiro (PDT), ex-prefeito de Santo Ângelo. A troca, prevista há várias semanas, foi consumada na sexta-feira.
Em uma rede social, o governador Eduardo Leite afirmou que Beatriz "ajudou a liderar uma verdadeira virada na política cultural do Estado" e "seguirá contribuindo com a cultura gaúcha em uma nova importante missão que será anunciada em breve". Disse ainda que Loureiro "sempre teve uma forte ligação com a cultura, especialmente com a região das Missões".
Por fim, Leite afirma: "Daremos continuidade às políticas estruturantes da área e ampliaremos o diálogo com as regiões, as tradições e as expressões que fazem da cultura do Rio Grande do Sul uma das mais ricas do país. Agradeço profundamente à Bia pelo trabalho". _
Mudança abre caminho para PDT apoiar Gabriel no ano que vem
As negociações se arrastavam há alguns meses, mas a troca na Cultura era dada como certa desde o início de abril. Envolvem não apenas a participação maior do PDT no governo, mas um esboço de aliança para a eleição de 2026, que terá o vice-governador Gabriel Souza como candidato do governo. O PDT deverá fazer parte da aliança.
A indicação de Loureiro chegou a balançar quando o PDT realizou encontro em São Leopoldo e Juliana Brizola foi lançada candidata a governadora. Publicamente, Juliana afirma que será candidata ao Piratini.
Nos bastidores, líderes do PDT e PSDB dizem que a aliança está em debate e que Juliana concorrerá a deputada federal.
BNDES financia revolução verde
Na entrevista que deu ao Gaúcha Atualidade na sexta-feira, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que vem a Porto Alegre na segunda-feira, tocou em um dos pontos mais sensíveis para o futuro do planeta: a necessidade de financiar projetos de transição energética e de preservação ambiental.
O BNDES tem não só o dinheiro, com juros subsidiados para empresas interessadas em fazer uma revolução verde nos seus processos, mas técnicos que podem orientar os projetos. _
mirante
Buscando retomar o patamar pré-enchente do turismo gaúcho, o secretário Ronaldo Santini recebeu uma boa notícia: o Estado é o terceiro mais seguro para turistas, atrás do Distrito Federal e de Santa Catarina. A informação é da Polícia Civil, que apresentou os dados de segurança para representantes do setor na quinta-feira.
As convenções municipais do MDB ocorrem neste sábado em todo o Estado. Os presidentes que forem escolhidos terão a missão de conduzir o partido para as eleições de 2026.
Os três vereadores do PSDB de Porto Alegre - Moisés Barboza, Gilson Padeiro e Marcelo Bernardi - lançaram uma carta aberta ao governador Eduardo Leite, apelando para que permaneça no partido após a fusão com o Podemos. A reunião da executiva nacional do PSDB, quando deve ser formalizada a união, está marcada para terça-feira.
Caron rebate Lewandowski
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, reagiu à manifestação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que questionou a não utilização de R$ 4 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública.
De acordo com o secretário, dos R$ 4,5 milhões enviados para o plano de ação apresentado pelo Estado em 2024, R$ 3,3 milhões (73%) já foram empenhados.
"A secretaria está tocando o plano e em seis meses já executamos a maioria dos recursos", disse, em nota.
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