quinta-feira, 17 de janeiro de 2019



17 DE JANEIRO DE 2019
+ ECONOMIA

O FUTURO DE R$ 1,2 BI NO RS

Grande vencedora do mais recente leilão de obras na área de transmissão de energia elétrica, a Neoenergia prevê investimento de R$ 1,2 bilhão, a maior parte do total no Rio Grande do Sul, com trecho também em Santa Catarina. A empresa que atua no Brasil também por meio de distribuidoras como Elektro (Campinas-SP) e Coelba (BA), é controlada pela Iberdrola, grupo espanhol com atuação global. É o chamado Lote 14, que prevê a construção de cerca de 770 quilômetros de linhas de transmissão e ampliação de nove subestações, com geração de 2,4 mil empregos diretos. 

Como é um bloco que não estava no Lote A, não tem licenças ambientais, que espera obter em até 15 meses. Embora alcance Siderópolis (SC), a 14 quilômetros de Criciúma, a obra se concentra no Estado, passando por Santa Maria, Livramento, Pelotas e Rio Grande. Um dos executivos responsáveis pelo projeto é Marthos Trott, de Cerro Largo, gerente de subestações, que conversou com a coluna acompanhado de Emmanuel Pasqua, gerente de linhas de transmissão.

COM A FORÇA DA IBERDROLA

Conforme Pasqua, a empresa de origem espanhola tem um ambicioso plano de expansão no Brasil, na distribuição, na geração e na transmissão. É um plano de crescimento com mais de uma década. O gerente destaca que esse é um dos motivos pelos quais a Neoenergia foi "agressiva" no leilão. Nesse tipo de disputa, ganha o direito de realizar a obra, e ser remunerado pelo transporte de energia por 30 anos, a empresa que oferecer maior desconto sobre receita anual prevista pelo regulador.

- O que pode parecer agressivo foi muito bem estudado para ver até onde poderíamos chegar com a receita - detalha o executivo.

BILHÕES PRÓPRIOS

Trott lembra que, só no leilão mais recente, a Neoenergia se comprometeu a investir R$ 6,2 bilhões no Brasil. Contando projetos de leilões anteriores, dá um total de R$ 8,9 bilhões. A empresa e sua controladora ainda estão examinando a possibilidade de financiar parte dos recursos necessários, mas o executivo gaúcho afirma que a Neoenergia está disposta a bancar tudo com recursos próprios, se necessário. Não é uma atitude habitual no Brasil, e, especialmente, no segmento, que tem regras elaboradas para facilitar o acesso do empreendedor a empréstimos.

COMEÇO DO ZERO

Ao contrário demais lotes, o 14 não estava no bloco sob responsabilidade da Eletrosul. Isso significa, detalha Pasqua, que o projeto vai começar do zero, ou seja, terá de encaminhar um processo de licenciamento completo. O executivo detalha que os primeiros passos já foram dados, e prevê que em 15 meses seja possível obter a licença de instalação, que permite o começo efetivo das obras. É um dos motivos pelos quais a Neoenergia quer entregar a obra antes do prazo legal de 60 meses, mas ainda não quer se comprometer com outra data.

A MANUTENÇÃO DE THERESA MAY COMO PRIMEIRA-MINISTRA DO REINO UNIDO, ONTEM, MESMO DEFINIDA NO FINAL DA TARDE, DIMINUIU O ESTRESSE SOBRE A REJEIÇÃO DO ACORDO PARA SAÍDA DO PAÍS DA UNIÃO EUROPEIA. NO BRASIL, BOLSA E DÓLAR ANDARAM DE LADO O DIA INTEIRO, MAS A BLINDAGEM DO BOM HUMOR COM BOLSONARO AINDA FUNCIONA.

MARTA SFREDO

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