quarta-feira, 1 de maio de 2024



01 DE MAIO DE 2024
INFORME ESPECIAL

Novo prédio no Hospital Moinhos

Com investimento estimado em R$ 150 milhões, o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, está construindo um novo edifício (veja acima a projeção de como ficará quando estiver pronto).

O espaço terá 33 leitos de UTI, 20 leitos de internação, dois andares destinados ao Centro de Material Esterilizado e quatro salas de hemodinâmica (procedimentos cardiológicos minimamente invasivos). A expansão, segundo Mohamed Parrini, à frente da instituição, vai duplicar a capacidade instalada do complexo hospitalar, que oferece atendimento privado e via convênios. O acesso ao novo prédio será pelas entradas tradicionais, nas ruas Ramiro Barcelos e Tiradentes. As obras já começaram.

A estrutura deve ser entregue no primeiro semestre de 2025, mas a previsão é de que os leitos de internação estejam disponíveis antes disso, ainda neste ano.

A novidade faz parte do plano de Parrini de transformar o Moinhos - que conta, hoje, com 485 leitos - em referência no Brasil. O assunto foi inclusive tema de reportagem na revista Exame, em abril.

Aos negacionistas climáticos

Mais de 300 milímetros de água despencaram sobre o Rio Grande do Sul em apenas 24 horas, o triplo do volume de chuva previsto no mês. Rodovias e pontes cederam com as enxurradas. Vidas foram perdidas. Comunidades ficaram ilhadas, muitas delas na região onde nasci, o Vale do Rio Pardo.

Durante todo o dia, ontem, recebi fotos e vídeos de amigos e parentes assustados com a violência da natureza. O que era um riacho perto da casa dos meus pais, em Santa Cruz do Sul, se transformou em um rio barrento e nervoso. No interior, conhecidos ficaram presos, sem ter como se deslocar, porque a água levou a estrada. Não é força de expressão.

E o pior, infelizmente, ainda está por vir, segundo os meteorologistas - que, dessa vez, acertaram em cheio as previsões. Quem dera, eles tivessem errado. Quem dera...

Não bastasse toda a desgraça em curso, ainda tem gente fazendo troça da emergência climática. Ou politizando um assunto que deveria passar longe das discussões ideológicas rasas, que morrem em si mesmas.

O colapso do planeta não é de direita nem de esquerda. Estamos testemunhando, mais uma vez, o inferno (ou dilúvio) que nós mesmos criamos, ao apostar no progresso a qualquer custo. A história ambiental mostra, com fartos exemplos, como chegamos até aqui, e a ciência - que também é resistência - já indicou o caminho para evitar o ponto de não retorno.

Quando vamos acordar?

JULIANA BUBLITZ

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