23 de
novembro de 2012 | N° 17262
PAULO
SANT’ANA
O banco de um clube
só
Na qualidade de
ótimo cliente da Caixa Econômica Federal, protesto contra os R$ 31 milhões de
patrocínio que ela dará por ano para o Corinthians.
Eu sou gremista, e
o Corinthians compete com o Grêmio em diversos certames.
A Caixa é um banco
nacional. Ela não pode, sob pena de desagradar a seus clientes, em face da
grande importância que o futebol tem para o povo brasileiro, privilegiar só um
dos grandes clubes nacionais.
Sei que a
Petrobras patrocina ou patrocinou o Flamengo. Mas a Petrobras é um monopólio,
não há como deixar de adquirir gasolina que não seja da Petrobras.
No setor bancário,
eu posso preferir um banco a outro. Como cliente da Caixa, se ela patrocina o
Corinthians e não patrocina o Grêmio, posso retirar meus investimentos da Caixa
e transferi-los para o Itaú, por exemplo.
Eu pediria à
direção nacional da Caixa que destinasse patrocínio também ao Grêmio e ao
Internacional.
É desigual a Caixa
patrocinar somente o Corinthians. Se alguém exigir que eu materialize um
exemplo para o que estou dizendo, eu colocaria que esses R$ 31 milhões que o
Corinthians vai ganhar da Caixa por ano significa o valor de três grandes
jogadores de futebol.
Ou seja, com a
benesse que a Caixa concede ao Corinthians, o clube paulista já larga na frente
do Grêmio, em qualquer disputa, com três grandes jogadores. É desigual.
Sei que a Caixa
não é a responsável por esse detestável privilégio ostentado pelo Corinthians.
Quem designou esse privilégio foi o ex-presidente Lula, que é fanático
corintiano.
O Lula deveria ter
a consciência de que foi eleito presidente de todos os brasileiros e não
presidente dos corintianos. Cria-se, assim, uma situação desagradável para
milhões de torcedores que não são corintianos, que torcem por outros clubes de
futebol.
Clamo à Caixa para
que ela reconsidere de alguma forma essa flagrante injustiça. Graças a
Deus que Luxemburgo renovou contrato com o Grêmio.
Relembremos o que
aconteceu: Luxemburgo fez uma proposta de renovação de contrato para o
presidente eleito Fábio Koff. Fábio Koff aceitou todos os termos da
proposta de Luxemburgo.
Surpreendentemente,
Luxemburgo declarou então que ia consultar sua família. Só então fiquei
sabendo que a família de Luxemburgo é que iria decidir sobre sua permanência.
Como ele permaneceu,
eu queria daqui mandar, como gremista, os meus profundos agradecimentos à
família do Luxemburgo por ela ter concordado em que seu chefe permaneça no
Grêmio.
É à família do
Luxa que devemos agradecer.