sábado, 9 de junho de 2018


09 DE JUNHO DE 2018
CARTA DA EDITORA

O primeiro amor


Você se lembra do seu primeiro amor? Se eu pensar em amor de adolescência como aquele que te leva a escrever páginas e páginas no diário, ter palpitação em um encontro casual e achar que o dia mais feliz da vida foi aquele em que vocês finalmente ficaram juntos, o meu foi lá pela oitava série. Eu achava ele lindo, misterioso, do tipo que fala pouco e diz tudo. Ficamos juntos uma única vez (talvez duas, e esta falha de memória chocaria a Patrícia de 14 anos). Depois, vieram alguns encontros e desencontros e nos perdemos de vista.

Anos e dois namorados depois, avistei-o um dia em uma rua movimentada. Não senti frio na barriga. Ele não lembrava em nada aquela imagem que eu tinha guardado comigo. Era um cara comum. (E, se tivesse me visto, provavelmente também pensaria o mesmo de mim.) Assim termina grande parte dos primeiros amores: melhor seria se ficassem apenas na lembrança. Como diz Martha Medeiros na coluna desta edição, "a paixão adora a noite e seus mistérios. Até que o dia amanhece".

Mas há quem reencontre seu primeiro amor e sinta aquela mesma vertigem. Foram histórias assim que a repórter Thamires Tancredi garimpou na reportagem de capa mais apaixonada de que tenho lembrança: sabe aqueles relacionamentos que mais parecem enredo de comédia romântica? Apresentamos três casais que viveram um amor de adolescência e, anos depois, deram-se uma nova chance. Prepare-se para se emocionar - Thamis, nossa gótica suave, estava só sorrisos pela redação.

Boa leitura! E aproveite este Dia dos Namorados como se fosse o primeiro!

CARTA DA EDITORA