15 DE FEVEREIRO DE 2018
OPINIÃO DA RBS
A DEGRADAÇÃO DA CAPITAL
É certo que o modelo atual de gestão municipal está esgotado. Somente mudanças estruturais, com apoio dos vereadores, dariam um novo rumo ao estado de penúria de Porto Alegre, fruto de sucessivas concessões, benesses e de um apego ao estatismo anacrônico. Também é certo que boa parte dos problemas, seja despejo de lixo na rua e em arroios ou descuido com calçadas, é gerada pela deseducação e pelo descaso de alguns moradores.
Depois de 14 meses sem perspectiva de mudança estrutural a curto prazo, porém, a prefeitura da Capital precisa fazer mais para o mínimo que se espera dela: conservação de ruas, seja na capina, na eliminação dos buracos ou na iluminação pública.
Inegavelmente, a Capital vive um estado de degradação a olhos nus que precisa ser revertido com ações mais do que com palavras e queixas. Alguns serviços, como o de capinação, começam a ser retomados, o que deve significar uma redução na aparência de abandono da cidade. Para outros problemas, como os de pavimentação e a acelerada expansão no número de pessoas que vivem nas ruas, ainda não há perspectiva de solução.
De qualquer forma, é de se elogiar a posição do prefeito em exercício, Gustavo Paim. Embora não acene com um alento definitivo e alerte para a gravidade do quadro financeiro, pelo menos não culpa a imprensa pela exposição das mazelas municipais e pela sensação de que a capital dos gaúchos está à deriva em termos de conservação.
OPINIÃO DA RBS