quinta-feira, 14 de julho de 2022


14 DE JULHO DE 2022
POLÍTICA +

R$ 500 milhões ainda sem destino

Antes de anunciar qual será o destino dos quase R$ 500 milhões que não serão aplicados em obras na BR-116 e na BR-290, o governador Ranolfo Vieira Júnior quer estudos técnicos mostrando o que é exequível. Na Federasul, Ranolfo disse que desde que a Assembleia rejeitou o projeto do governo que autorizava o repasse dos recursos ao Dnit, seu telefone não parou: eram secretários, deputados, prefeitos e vereadores querendo saber como o dinheiro será aplicado.

- Se dependesse da minha vontade, aplicaria tudo em programas de combate à fome, mas a Procuradoria-Geral do Estado já alertou que isso é muito difícil, por causa das restrições do período eleitoral - disse Ranolfo.

O governador admitiu que o dinheiro poderá ser usado para cobrir o rombo que a redução abrupta do ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações provocará nas contas deste ano. Ou seja, em vez de ir para as rodovias, será usado em outros investimentos para que os recursos ordinários sejam direcionados ao pagamento de despesas:

- A perda estimada de receita é de R$ 2,8 bilhões brutos em 2022. Desse total, 25% iriam para os municípios. Como não se cogita aumentar tributos, teremos de administrar a redução. Temos como absorver esse impacto até o final do ano, mas em 2023 será um problema para o novo governo, se não houver compensação federal.

Na Federasul, Ranolfo foi aplaudido quando disse que não considera o resultado da votação (25 a 25, com desempate do presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira) uma derrota do governo:

- Quem perdeu foi o Rio Grande, porque eram obras estruturantes, que ajudariam no escoamento da produção e são importantes para salvar vidas. Respeito a decisão da Assembleia, mas lamento.

Na Federasul, o governador Ranolfo Vieira Júnior disse que vender a Corsan é o maior desafio do seu governo. Afirmou que seu maior temor é a estatal não conseguir fazer os investimentos necessários, as prefeituras rescindirem o contrato e a Corsan virar "uma CEEE piorada".

ROSANE DE OLIVEIRA

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