25 DE NOVEMBRO DE 2022
OPINIÃO DA RBS
CUIDADOS COM A NOVA SUBVARIANTE
De forma prudente, as autoridades sanitárias do Estado voltaram a recomendar que a população reforce os cuidados pessoais com a covid-19. Não há motivo para alarmismo, mas o aumento no número de casos da doença nos últimos dias no Rio Grande do Sul é expressivo, o que exige certa atenção. A nova elevação das infecções é causada pela chegada da subvariante da Ômicron BQ.1, que ao que parece tem maior potencial de transmissão.
Note-se que, em três semanas, a quantidade de pessoas com a enfermidade subiu 247%. Os diagnósticos positivos nos testes realizados passaram de 7% em outubro para 24% no início deste mês. A nova subvariante representa 70% dos casos confirmados. É um cenário que requer precauções.
Desta forma, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) voltou a aconselhar o uso de máscaras em locais fechados, especialmente entre os grupos considerados mais vulneráveis à ação do vírus. Reiterou, ainda, a necessidade de que os gaúchos com imunização atrasada se vacinem. É a forma mais adequada de combater a circulação do patógeno e se proteger de complicações ou desfechos ainda mais graves. Ao mesmo tempo, pede isolamento de sete dias para os infectados, outra forma de evitar a disseminação da BQ.1.
Mas a vacinação segue sendo a grande proteção individual e coletiva para deter o alastramento do vírus. O esquema completo assegura ainda maior resposta imune do organismo. As estatísticas do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) são ilustrativas. Entre março e este mês, na faixa da população acima dos 60 anos, a mortalidade entre pessoas sem as duas primeiras doses foi de 451 por 100 mil. Entre quem tomou todas as injeções recomendadas, o equivalente à quarta dose, foram apenas 56 registros fatais por 100 mil.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também fez na quarta-feira um forte apelo para que os brasileiros se imunizem, lembrando que, em duas semanas, a média móvel de novos casos subiu 141% no país. "Não podemos relaxar quando temos as armas contra o vírus", disse o ministro, lembrando ainda a boa novidade da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial da versão bivalente do produto da Pfizer. Neste mês, também teve início a vacinação de crianças de seis meses a três anos, outra faixa que merece cuidado dos pais e responsáveis.
O avanço da nova subvariante tem levado a mais medidas. A própria Anvisa voltou a tornar obrigatório o uso de máscaras nos aeroportos do país. Algumas cidades, como Belo Horizonte, também recomeçaram a exigir o utensílio no transporte público, por exemplo. O inequívoco é que o vírus da covid-19 voltou a se espalhar de maneira mais rápida. Será adequado, portanto, que a população se proteja e colabore. As festas de final de ano se aproximam, e agir com bom senso, agora, pode significar passar pelo período de celebrações com familiares e amigos de forma mais segura e sem os dissabores que o simples fato de estar contaminado causa.
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