25
de junho de 2014 | N° 17840
PAULO
SANT’ANA
Três fatores
Noto
que, quanto mais amores por mulheres cultiva um homem, mais ele está só.
Ao
contrário, o homem que cultivar apenas um amor nunca ficará só.
Na
linguagem popular, o galinha acaba só.
Não
invejem, pois, o homem que tem muitas namoradas. Cedo ele estará só e
abandonado.
Da
mesma forma, as mulheres solteiras que se gabam de ter muitos admiradores e
namorados já estão à beira do precipício da solidão.
Enquanto
o homem ou a mulher que investe em um só amor nunca conhecerá a solidão.
Todo
vínculo gera uma dependência. Alguém que se apaixone está irremediavelmente
ligado ao objeto de sua paixão e não raro se torna escravo dela.
Os
livres, portanto, são os que não se apaixonam.
Como
é quase impossível não se apaixonar por alguém ou por uma causa, não existem
homens livres.
Advertem-me
de que está se desenrolando uma Copa do Mundo e tenho que me referir a ela e
deixar de só filosofar.
Pois
então lá vai um vaticínio: a finalíssima será entre Brasil e Holanda.
Arrisco-me
em dizer isso, porque a Argentina, a França e remotamente a Costa Rica são
inimigas, assim como o Uruguai.
Esta
Copa do Mundo envolve riscos altíssimos. Vejam o caso da Itália, estava a um
passo da classificação com o empate em zero no segundo tempo, que sustentava
com o Uruguai.
De
repente, não mais que de repente, o árbitro resolveu expulsar um italiano,
quando seria mais sensato e justo um cartão amarelo. O Uruguai foi então para a
frente, movido por apenas 10 italianos pela frente.
E
uma bola bateu na área pequena nas costas de um uruguaio e entrou no gol. Um a
zero, escore então praticamente irremovível.
Caiu
tristemente a Itália e subiu o Uruguai à força de sorte e garra.
Ora,
qualquer time que tenha garra e sorte nesta Copa acabará campeão.
O
Uruguai vem tendo. Será que manterá até o fim essa índole?
Enquanto
a Argentina tem só o Messi. Não tem sorte.
E o
Brasil até agora vem tendo Neymar, quando não o teve, contra a Croácia, aí
apareceu o juiz para ajudar a canarinho.
Em
suma, para ganhar esta Copa, podem escrever o óbvio, o campeão terá que ter
tido ou sorte, ou grande time, ou arbitragem a seu favor.