quarta-feira, 4 de junho de 2014


04 de junho de 2014 | N° 17818
PAULO SANT’ANA

Um sono sereno

Ainda existe, é claro, o Laboratório do Sono em Porto Alegre. Por ele, o cliente passa uma noite dormindo lá e seu sono é monitorado para verificar se há anormalidades durante seu transcurso.

Da minha parte, de uns tempos para cá, noto que me acordo de quatro a cinco vezes por noite. Suponho que me acordo porque a vontade de fazer xixi soa o alarma e eu me levanto e vou até o banheiro.

O problema é que, quando eu era moço, me deitava às 22h e me acordava às 7h, sem interrupção, ou seja, não me acordava uma só vez durante meu percurso letárgico.

O diabetes, doença que eu não tinha quando era moço, deve influir nessas diversas vezes em que me acordo.

Será que, se eu não beber líquidos até as 17h, continuarei me acordando sem necessidade de fazer xixi?

Outra coisa que me intriga são meus sonhos. Não sei se têm a ver com a posição em que durmo.

Noto por exemplo há muitos anos que não tenho pesadelos. Para mim, o pesadelo consiste em que se sonha algo aterrador, o que nos acorda.

Não tenho tido esse percalço, meus sonhos têm sido digamos assim, normais. Ou será que não tenho pesadelos agora porque a vontade de fazer xixi tornou meus espaços letárgicos com menores durações?

São interrogações que me faço e que certamente seriam todas respondidas pelo Laboratório do Sono.

Nem de longe esse meu problema é mais grave do que o maior de todos os problemas do sono: a insônia.

Tenho pena das pessoas que sofrem de insônia, ainda mais daquelas que sempre sofreram de insônia.

A insônia deve ter sido atenuada pelo surgimento de potentes soníferos na indústria farmacêutica.

Eu, por exemplo, quando tinha insônia, ingeria um comprimido chamado de Dormonid, que assegurava no mínimo seis horas de sono sem interrupção.

Até tenho receio de usá-lo atualmente, porque não sei se ele me acordaria quando eu tivesse vontade de fazer xixi. Qualquer dia vou fazer a experiência.

Mas o que não resta dúvida é que o sono é uma grande fonte de saúde. Acordar-se bem dormido dá-nos inclusive a sensação de que estamos bem alimentados.

Dizem os médicos que o período ideal de sono, por dia, é de oito horas.

Pois, pasmem, ultimamente, levando em conta as citadas interrupções de meu sono, ele tem-me durado de 10 a 11 horas, tenho dormido bem, portanto.


E como, neste aspecto, passam os meus leitores e leitoras?