15 de junho de 2014 | N°
17829
VERISSIMO NA COPA | L.F.
Verissimo
NA CARA
OOscar tem a expressão permanente
de um menino que acaba de saber que o Papai Noel não existe. Ele destoa dos
barbudos e cabeludos do resto da Seleção, o que não teria a menor importância
se não fosse uma explicação possível para a restrição que muita gente mesmo
depois da sua atuação contra a Croácia lhe faz. Ele simplesmente não teria a
cara adequada para estar num time de adultos.
Oscar compensa o pouco físico com
a determinação. Não foram poucas as vezes em que ele parecia ter perdido a
bola, contra a Croácia, e a recuperou. É o típico jogador que se poderia chamar
de oferecido – é sempre uma opção de jogada, em qualquer lado do campo.
Acrescente-se a isso o passe certeiro, o bom chute e a inteligência, e temos um
jogador completo. Mas sem cara de jogador.
Isso faz diferença? Faria se o
rosto de garoto correspondesse a uma falta de experiência e maturidade. Mas ele
joga com a seriedade e a sabedoria de um veterano. Para que a resistência a ele
acabasse, talvez fosse recomendável disfarçar sua enganosa inocência. Quem sabe
uma barba?