30
de julho de 2014 | N° 17875
PAULO
SANT’ANA
Bem-vindo, Felipão!
O
bom filho à casa torna, está de volta Felipão ao Grêmio depois de quase 20 anos.
E
volta Felipão ao Grêmio, que precisa dele para melhorar sua situação no
Brasileirão.
Interessante
é que Felipão agora também precisa do Grêmio para melhorar sua imagem de
treinador que sofreu sete gols da Alemanha na Copa do Mundo.
E se
um precisa do outro, então que se ajudem entre si.
Fábio
Koff não deve ter vacilado quando perdeu o treinador Enderson Moreira: “Vou
buscar o Felipão”.
Foi
buscar Felipão, não muito confiante de que ele aceitaria o desafio, mas ele
aceitou.
Então
está vindo o Felipão, e incrivelmente noticiou-se ontem que virá junto com ele
o Murtosa, o seu talismã. E eu não acredito que talismã do tamanho do Murtosa vá
sofrer duas quedas seguidas.
Agora
eu levo fé no Murtosa!
Fábio
Koff estava numa bananosa para escolher o novo treinador: Tite não quis vir, não
havia mais rigorosamente ninguém para preencher a vaga maldita.
Parece
que estou vendo Felipão ao receber o convite de Koff: “Pelo amor de Deus,
presidente, uma mão lava a outra, vamos segurar juntos este foguete, não é a
primeira vez que marchamos juntos”.
O “marchamos”
escrito acima não quer dizer “perdemos”, e sim “caminhamos”.
E
também é preciso dizer que um time como o Grêmio, que perde para o lanterna
Coritiba dentro da Arena, está desesperado, agarra-se agora a Felipão,
precisando de socorro.
Como
o Felipão também necessita de socorro – saiu avariadíssimo da Copa do Mundo –,
os dois se unem numa missão de flagelados.
Pode
ser que esteja nisso e sejam bem-sucedidos.
Quem
apostava que eu, nesta coluna de hoje, fosse bombardear esta solução de Fábio
Koff escolhendo Felipão se enganou redondamente. Sou bobo, mas sou bobo antigo:
confio em Felipão, ainda mais que agora, no dia 10 do mês que vem, haverá um
Gre-Nal no Beira-Rio, ocasião talvez certa para que o Grêmio parta para a
remissão dos seus pecados e atinja a glória terrena de que tanto necessita.