02 DE NOVEMBRO DE 2022
ARTIGOS
SEJA AMIGO DO DINHEIRO, NÃO ESCRAVO
Existe em muitas pessoas a cultura do trabalhar, acumular e não usufruir. Um trabalho sem fim que gera frutos, mas aproveitar esses frutos beira o pecado. Os detentores desse pensamento vivem uma vida de restrições. Eles vão a um restaurante e pensam que em casa seria mais barato. Eles falam em desacelerar, mas não se livram do vício de acumular patrimônio. A vida passa, e o trabalhar para viver vira um viver para trabalhar.
Também há muitas histórias dos que, na outra ponta do pêndulo, vivem em ostentação ou em um padrão acima do que a sua renda permitiria. Uma pesquisa do Instituto Akatu constatou que 76% dos brasileiros não praticam o consumo consciente - aquele planejado e focado no necessário -, por exemplo, trocando de carro ou celular para impressionar. O resultado é um endividamento cada vez maior, por esses e outros motivos, que alcançou mais de 77% dos brasileiros, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços.
Em ambas as situações, o dinheiro faz perder a liberdade: na primeira, pelo mero vício de acumular enquanto a vida passa. Na segunda, por ter um estilo de vida que esbanja e não guarda, vive endividado e não pode parar de trabalhar.
Esse ciclo vicioso leva ao mesmo caminho: ambos se tornam escravos do dinheiro. Viver em equilíbrio é a melhor opção para fazer dele um aliado na liberdade. E para alcançar esse balanço, existe a fórmula 50-30-20: dividir a renda em três partes (50%, 30% e 20%), para despesas fixas, variáveis e investimentos.
Afinal, dinheiro é liberdade. É ter poderes para aproveitar o hoje, sem esquecer de investir para poder parar um dia, se quiser, sem precisar depender da ajuda de alguém. É conseguir fazer uma viagem no final de semana, mas é o guardar para conhecer um país diferente. É arcar com a casa confortável, mas é investir e adquirir um dia a dos sonhos. No fim das contas, é cuidar de si mesmo no hoje e no amanhã, sendo amigo do dinheiro, e não um escravo dele.
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