quinta-feira, 5 de junho de 2014


05 de junho de 2014 | N° 17819
PAULO SANT’ANA

Top of Mind

Todos os dias, encontro no fumódromo de Zero Hora um rapaz. Nas primeiras vezes que o vi, achei curioso que ele não fumasse num lugar apropriado para fumar.

Perguntei a ele por que não fumava num fumódromo. E ele, constrangido, me disse que não tinha dinheiro para comprar cigarros e então ia lá para sentir o cheiro dos cigarros dos outros. Desde então, sempre que o vejo no fumódromo, ofereço-lhe um cigarro, que ele aceita sôfrego e com gratidão.

Interessantíssimo esse drama de uma pessoa que não tem como sustentar seu vício.

Ontem foi dia de receber, como faço há um quarto de século, o Prêmio Top of Mind da Revista Amanhã.

Então vesti à noite o meu clássico terno marrom engravatado e fui receber a minha láurea, constante de ser o colunista de jornal preferido dos gaúchos.

Receber esse prêmio para mim é um reconhecimento ao meu trabalho, que é artesanal neste espaço.

Muitas vezes recebi no passado, agregado, o prêmio por comunicador de televisão mais destacado.

Recompensa ainda maior desse prêmio é que se conhece a idoneidade da pesquisa da Revista Amanhã junto ao público em geral, compreendendo várias cidades importantes do Estado.

E há 25 anos consecutivos compareço à noite de premiação, que ontem foi no Grêmio Náutico União, jantar de louças brilhantes e vinho de marca garantida.

Nunca deixo de ir.

Todas as marcas gaúchas eleitas estavam lá para a grande premiação.

Eu considero uma honra estar ao lado, no palco, de marcas como a Gerdau, a Tramontina, o Grupo RBS, a Marcopolo, o Zaffari, o Banrisul. Os gaúchos preferem essas marcas e não abrem mão delas.

Não é, então, uma honra para mim? Ainda mais se torna honroso porque eu nasci aqui, eu cresci aqui e a pesquisa da Revista Amanhã mostra que não paro de crescer.


Entendam o meu orgulho, por favor.