terça-feira, 8 de julho de 2014


08 de julho de 2014 | N° 17853
VERISSIMO NA COPA

HIPÓTESES

Duas maneiras em que a ausência do Neymar pode ajudar o Brasil, hoje.

Nosso time entra em campo emocionado. A segunda parte do hino cantada a capela só aumenta a emoção. Estão todos decididos a jogar como nunca em suas vidas, jogar pela glória e a reputação de cada um, mas pincipalmente jogar pelo Neymar. A mensagem de incentivo que o Neymar mandou antes do jogo lhes encheu o coração e lhes deu ainda mais ânimo. Todos se superam, e entram nas bolas divididas como se estivessem definindo os destinos da pátria.

A Alemanha pode ter mais time, mas não tem a ausência do Neymar. A inspiradora falta de Neymar guia os passos e os passes dos nossos jogadores. Que vencem o jogo e dedicam a vitória ao companheiro abatido.

Esta é a hipótese lítero-sentimental. Deu certo em vários filmes americanos, não há por que não dar certo na vida real.

A segunda hipótese é o time alemão entrar em campo constrangido. Não tem culpa pelo que aconteceu a Neymar, mas quer evitar que algo parecido aconteça de novo. Em respeito à dor brasileira, jogam não como os alemães grandes, duros e impiedosos que são, mas como moças, simpáticas e solícitas.

Tiram o pé nas divididas e pedem perdão a cada esbarrão. O Müller chuta todas para fora, de propósito, e os outros preferem nem entrar na área brasileira, para não haver o risco de sair um gol por distração, e aumentar nosso martírio. A Alemanha perde o jogo, por compaixão, e nós vamos para a final.

Esta é a hipótese Brasil-coitadinho. Não aposte nela.

MIX


A hipótese de uma final Brasil x Argentina provoca um mix de reações, que vão de “que maravilha!” a “nem me fale!” e incluem a vontade que uma Copa sensacional tenha um desfecho à altura e o temor de que se repita a Grande Desilusão de 1950, com argentinos no papel de uruguaios. O que eu diria? “Que vengan!” – mas com voz trêmula.