
Escândalo da espionagem deve abalar plano de Carluxo
A ideia do ex-presidente Jair Bolsonaro de eleger o filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, senador por Santa Catarina começou a fazer água por todos os lados. Apesar de Santa Catarina ser o Estado mais bolsonarista do Brasil, a candidatura do filho Zero Dois incomodou os pretendentes ao posto que contam com os votos da direita, o senador Esperidião Amin (PP) e a deputada Caroline de Toni (PL).
Uma pesquisa divulgada no início da semana indicou disputa acirrada pelas duas vagas do Senado em Santa Catarina. Sem incluir o nome de Carluxo, a pesquisa do Instituto Neokemp mostrou empate triplo entre Caroline, com 18,5%, Amin (15,9%) e o ex-prefeito de Blumenau Décio Lima (PT), que teve 15,4%.
Esse já seria um obstáculo e tanto para Carluxo, que demonstrou intenção de renunciar ao mandato de vereador e mudar o domicílio eleitoral para Santa Catarina, mas seu maior problema é o relatório da Polícia Federal sobre o escândalo da "Abin paralela".
Na segunda-feira, a PF indiciou Carlos Bolsonaro, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, e outros 34 investigados sob acusação de integrarem o esquema de espionagem ilegal operado por meio da chamada "Abin Paralela". Bolsonaro pai só não foi indiciado porque responde a outro processo conexo.
Esse grupo teria se utilizado de ferramentas de monitoramento clandestino para espionar autoridades, adversários políticos, jornalistas e até membros do próprio governo. No relatório, a PF atribui a Jair Bolsonaro crime de organização criminosa. É por esse mesmo crime que o ex-presidente foi denunciado no inquérito da trama golpista, sob acusação de usar a Abin para tentar desqualificar as instituições.
Carluxo é personagem central no inquérito porque, segundo a PF, a estrutura da "Abin paralela" operava de forma clandestina e estaria ligada ao chamado "gabinete do ódio", operado por ele. Essa estrutura abastecia as redes sociais com fake news e informações distorcidas. É improvável que Carluxo escape da denúncia e, mesmo que não tenha sido julgado até 2026, o prejuízo político é inevitável. _
Secretário nacional de Defesa Civil visita áreas afetadas pela chuva
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, desembarcou em Porto Alegre ontem para acompanhar a situação dos municípios mais afetados pelo excesso de chuva dos últimos dias.
Na primeira agenda, no bairro Mathias Velho, em Canoas, o secretário, o deputado Paulo Pimenta e o responsável pelo escritório do governo federal no Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, foram recebidos com um protesto de moradores. O grupo reclamava da falta de assistência e dizia que "subir no dique seco é fácil".
Em entrevista à imprensa, com a presença do secretário, o prefeito de Canoas, Airton Souza (PL), e outras autoridades locais fizeram um apelo pela liberação de mais recursos estaduais e federais para obras de contenção. Wolff disse que o governo federal segue à disposição de Canoas e do Rio Grande do Sul.
O secretário também esteve no bairro Sarandi, em Porto Alegre, e em Eldorado do Sul, onde conversou com a prefeita Juliana (PSDB). Hoje, os representantes do governo federal irão ao Vale do Taquari. _
Governador e prefeito de São Paulo oferecem ajuda
Em São Paulo para participar da Marcha para Jesus, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) aproveitou para conversar com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre a emergência climática que o Rio Grande do Sul enfrenta. Os dois se propuseram a ajudar por meio da Defesa Civil, se municípios gaúchos tiverem problemas agravados.
Tarcísio colocou à disposição do Estado as bombas da Sabesp que em 2024 ajudaram no escoamento da água acumulada em Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana, além de oferecer a ajuda de bombeiros e outros especialistas. _
Leite fala sobre apoio à Portela
Ao ser questionado sobre a polêmica do possível apoio financeiro do governo gaúcho à escola de samba Portela no Carnaval de 2026, o governador Eduardo Leite disse ontem à rádio CDN de Santa Maria que não haverá "aporte substancial de recursos".
Leite garantiu que o Estado nunca cogitou "pagar o desfile":
- O que nós nos dispusemos foi, de alguma forma, apoiar. O que, eventualmente, seja alguma despesa do Estado.
Perguntado sobre de quanto seria a contribuição, respondeu:
- Não tem isso acertado. De alguma forma vamos apoiar, acolhendo as pessoas que estão fazendo as pesquisas do Carnaval, dos carnavalescos que vêm para analisar a cultura negra no Rio Grande do Sul. _
Ratinho Junior demarca território no PSD
Um vídeo de 2 minutos e 50 segundos, publicado nas redes sociais do governador do Paraná, Ratinho Junior, e replicado nas de seu pai, o apresentador Ratinho, indica que ele está disposto a demarcar território na disputa interna pela candidatura a presidente da República.
- Olá, eu sou Carlos Massa Ratinho Junior e, sim, sou filho do Ratinho - começa o sorridente governador, mesclando a imagem em close com a dele abraçado ao pai.
No vídeo, Ratinho Junior fala de sua infância, repassa a formação profissional e os cargos que ocupou até chegar a governador do Paraná, eleito em 2018 e reeleito em 2022.
Depois, fala das conquistas do Estado sob sua gestão. Diz que fez o que outros governadores só prometeram, apresenta o Paraná como a quarta economia do Brasil e destaca que o salário mínimo do Estado é o maior do país.
O vídeo é uma espécie de cartão de apresentação de um pretendente ao Planalto que sabe ser pouco conhecido fora do Sul e do Sudeste. _
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